Luso-francesa Sonia Bompastor em grande na Champions feminina
O Lyon, da treinadora luso-francesa Sonia Bompastor, recebeu e venceu esta quarta-feira o Benfica, por 4-1, carimbando assim a passagem às meias finais da Champions feminina.
As ‘encarnadas’ entraram em desvantagem na corrida às ‘meias’, face ao desaire na Luz por 2-1, e não conseguiram evitar nova derrota, acabando por sofrer um desaire pesado, sem relação com o que se passou no jogo, face a dois golos nos descontos.
O conjunto comandado por Filipa Patão até poderia ter marcado primeiro, e igualado a eliminatória, mas a árbitra galesa Cheryl Foster e o VAR ignoraram um suposto murro da guarda-redes Christine Endler a Chandra Davidson dentro da área, aos 28 minutos.
As francesas de Bompastor acabaram por se adiantar aos 43 minutos, por Delphine Cascarino, que já tinha faturado na Luz e chegou aos ‘bis’ aos 51, recolocando o Lyon na frente, após o empate conseguido por Maria Alidou, aos 45.
Depois do 2-1, o Benfica nunca desistiu de ir em busca da igualdade, embora nunca tenha estado verdadeiramente perto de o conseguir, e, na compensação, acabou por sofrer dois tentos de Kadidiatou Diani, aos 90+1 e 90+6, que ‘falsearam’ o resultado.
As ‘encarnadas’ saem, ainda assim, com a melhor prestação de sempre de uma equipa portuguesa na prova, uma inédita presença nos ‘quartos’, enquanto o Lyon, que esta época soma 27 vitórias e quatro empates, em 31 jogos, segue pela 13.ª vez para as meias-finais, em busca de um nono título.
Em relação à primeira mão, Filipe Patão trocou Andrea Falcón por Catarina Amado e a lesionada Nycole Raysla por Chandra Davidson, colocando a regressada Jéssica Silva no banco, enquanto Sonia Bompastor fez entrar Daniëlle van de Donk e sair Amel Majri.
A formação ‘encarnada’ entrou personalizada, sempre a sair em construção a partir de trás, mas não evitou algumas perdas de bola e o Lyon teve a primeira grande ocasião aos 13 minutos, num falhanço de Le Sommer, assistida por Diani, após perda de bola de Ucheibe.
Após 15 minutos, o Benfica conseguiu equilibrar mais os acontecimentos e começou a mostrar-se ofensivamente, ainda que com remates sem perigo de Alidou (19 minutos) e Carole Costa (27).
O conjunto ‘encarnado’ estava melhor e, aos 28 minutos, deveria ter tido um penálti: Lúcia Alves centrou da esquerda e a guarda-redes Endler falhou a bola e deu um murro em Davidson, mas árbitra nada marcou e, inacreditavelmente, o VAR não interveio.
A formação da casa reapareceu aos 33 minutos, com Cascarino a fugir pela esquerda, até ser contrariada por grande defesa de Pauels, e acabou por marcar aos 43, numa falha de Laís Araújo, com um mau atraso para a alemã, que perdeu no duelo com Le Sommer, para esta atrasar para o brilhante ‘chapéu’ de Cascarino.
O Lyon pensaria que iria confortável para o intervalo, mas a resposta do Benfica foi quase imediata: aos 45 minutos, Kika Nazareth, do ‘alto’ do seu ‘génio’, solicitou a desmarcação de Lúcia Alves, que centrou da direita para o desvio oportuno de Alidou.
Com Egurrola e Dumornay em vez de Däbritz e Le Sommer, o Lyon entrou forte na segunda parte e, aos 51 minutos, chegou ao segundo golo, numa grande jogada individual de Cascarino, que veio da esquerda para o meio e ‘fuzilou’ Pauels.
Novamente com dois tentos de desvantagem na eliminatória, o Benfica foi em busca da igualdade no jogo, mas não conseguiu qualquer ocasião clara, perante um Lyon que, apesar de ter mais espaço, também não se aproximou muito do terceiro.
O Benfica teve as suas melhores oportunidades aos 63 minutos, num centro da direita de Catarina Amado ao qual a regressada Jéssica Silva não conseguiu chegar, e aos 72, quando Ucheibe logrou isolar-se momentaneamente, mas acabou desarmada.
Na parte final, o Lyon aproveitou o maior adiantamento das ‘encarnadas’ para marcar mais dois golos, por Diani, o primeiro aos 90+1 minutos, após um centro da direita de Majri e um toque de cabeça de Horen, e o segundo aos 90+6, de forma involuntária, ao levar com a bola cortada por Catarina Amado.