A final entre o Real e Atlético é esta noite em Milão. A equipa de CR7 procura a 11.ª Liga dos Campeões enquanto que o clube de Tiago a primeira
600 mil euros a cada jogador. É este o prémio oferecido pelo presidente Florentino Pérez caso o Real Madrid conquiste hoje a Liga dos Campeões, a 11.ª do historial do clube, na final que se realiza em Milão contra o Atlético de Madrid. Os dois rivais da capital espanhola reeditam esta noite o jogo decisivo de há dois anos, no Estádio da Luz, que o Real venceu por 4-1 após prolongamento, numa partida em que pelo menos um português irá levantar a orelhona (nome pelo qual é conhecida a taça da Champions) – Ronaldo e Pepe se ganhar o Real; Tiago se vencer o Atlético.
Cristiano Ronaldo tem esta noite a oportunidade de fazer história na Liga dos Campeões e tornar-se o único jogador da história a marcar em três finais desde que a prova tem o atual formato (a partir de 1992-93), ele que hoje pode conquistar a terceira Champions da carreira (falhou a de 2009-10). Em 2008, pelo Manchester United, marcou um golo na final contra o Chelsea (ganha no desempate por penáltis) e em 2014, diante o At. Madrid, apontou o quarto golo de grande penalidade. Se hoje faturar em Milão, supera os registos de Raúl, Eto”o e Messi.
Mas para Ronaldo o jogo desta noite tem mais desafios. Se marcar pelo menos um golo, iguala o seu registo goleador de 2014, com 17 golos numa só edição da Liga dos Campeões. Mais importante do que isso, caso vença a Champions, ganha vantagem na luta pela Bola de Ouro relativamente a Messi, que ganhou o campeonato e a Taça espanhola esta época. E pode também tornar-se o único jogador português a vencer três Ligas dos Campeões – com duas há os bicampeões pelo Benfica, em 1960-61 e 61-62, e ainda Paulo Sousa (Juventus em 1995–96 e Borussia Dortmund em 1996–97), Deco (FC Porto em 2003-04 e Barcelona em 2005-06) e Paulo Ferreira e Bosingwa (FC Porto em 2003-04 e Chelsea em 2011-12).
O Real Madrid pode reforçar hoje o estatuto de rei da principal prova europeia de clubes de futebol, caso some o 11.º título diante do vizinho Atlético de Madrid, na final da 61.ª edição. O clube blanco venceu as cinco primeiras edições da Taça dos Campeões Europeus (1955-56 a 59-60), voltou a ganhar em 1965–66 e, na era Champions (desde 1992-93), triunfou em 1997-98, 1999-2000, 2001-02, com Figo, e 2014-15, na final de Lisboa, com Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão.
Na sua 14.ª final, outro recorde, o Real Madrid é decisivo na liderança de Espanha, que já sabe que somará o 16.º troféu, seja o 11.º dos merengues ou o primeiro dos colchoneros, que perderam as finais de 1973-74 e de 2014-2015, na Luz, por 4-1, após prolongamento. Independentemente do resultado desta noite, em San Siro, o Real Madrid continuará destacado na liderança do ranking dos campeões europeus, enquanto o Atlético procura tornar-se o 23.º vencedor da prova e primeiro novo integrante da lista dos campeões desde o Chelsea, em 2012.
A equipa do Bernabéu soma mais três títulos do que o AC Milan, que venceu pela sétima e última vez em 2006-2007, e dobram os ingleses do Liverpool, os alemães do Bayern de Munique e os rivais catalães do Barcelona, que venceram a edição do ano passado (3-1 à Juventus).
Real Madrid e Atlético lutaram até à última jornada com o Barcelona pelo título espanhol, mas a equipa de Luis Enrique juntou o campeonato à Taça (dobradinha), pelo que o jogo desta noite é a derradeira oportunidade para os rivais de Madrid acabarem a época com um título. Se Diego Simeone tem o seu lugar seguro no Vicente Calderón, Zinedine Zidane nem tanto. Esta semana, aliás, surgiram notícias na imprensa espanhola a dar conta de que um falhanço na final poderia significar o adeus do técnico francês que rendeu Rafa Benítez em janeiro. Florentino Pérez, que durante o seu reinado no clube já foi responsável pela demissão de dez treinadores, terá já contactado Unai Emery, 44 anos, treinador que acabou de conquistar mais uma Liga Europa para o Sevilha, a dar conta do interesse dos merengues.
Zidane, refira-se, tem a possibilidade esta noite de entrar num restrito lote de personalidades do futebol que conquistaram Champions como treinadores e jogadores, casos de Miguel Muñoz, Giovanni Trapattoni, Johan Cruyff, Carlo Ancelotti, Frank Rijkaard e Pep Guardiola.
O jogo será transmitido em direto pela RTP1 e pela SportTV1.