Conselheiro das comunidades do Brasil preside ao CCP
O conselheiro Flávio Alves Martins foi eleito presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e comprometeu-se a lutar para defender os interesses dos portugueses no estrangeiro.
Flávio Martins (na foto com o deputado Carlos Gonçalves), foi eleito pelo círculo do Brasil, e foi escolhido pelos seus pares, durante a reunião plenária do CCP, que se realiza desde terça-feira na Assembleia da República.
A eleição, que estava prevista para a manhã de hoje, acabou por se atrasar várias horas devido a divergências na comissão regional da Europa na escolha dos quatro conselheiros que deviam integrar o Conselho Permanente por parte daquele bloco.
Em declarações aos jornalistas depois de ter sido eleito pelos seus pares, Flávio Martins referiu que aceita o cargo “com orgulho”, considerando que o presidente do conselho “é apenas um ouvinte que deve encaminhar as demandas e buscar sempre o consenso”.
“Temos que ouvir as comunidades, não pode ser o pensamento dos conselheiros, estamos aqui como representantes das comunidades. E depois fazer com que as comunidades sejam ouvidas pelo nosso Governo, pelos nossos deputados na Assembleia da República”, disse.
O CCP é o órgão consultivo do Governo para as políticas relativas às comunidades portuguesas no estrangeiro. Compete-lhe, em geral, emitir pareceres, produzir informações e formular propostas e recomendações sobre as matérias que respeitem aos portugueses residentes no estrangeiro e ao desenvolvimento da presença portuguesa no mundo.
O CCP tem um Conselho Permanente composto por 12 membros e presidido por um dos conselheiros, eleito entre os seus pares, comissões temáticas e conselhos regionais.
O Brasil é o país que elegeu mais conselheiros, 13 no total, seguido por França, com 10 conselheiros, Estados Unidos (sete), e Venezuela (seis) e Alemanha, África do Sul e Suíça, com quatro conselheiros cada.
O Conselho das Comunidades Portuguesas tem 65 membros confirmados, sendo que nos 50 círculos eleitorais existentes seria possível eleger até 80 membros.