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Arcos de Valdevez a caminho de vila fantasma por causa da emigração?

“Arcos de Valdevez é historicamente um ponto de partida de portugueses, desde há mais de um século”, lembra João Braga Simões num extenso artigo de opinião em que manifesta preocupação com a sustentabilidade da sua terra.

O autor recorda que Arcos de Valdevez conheceu “vagas de emigração para o Brasil, França, Canadá, Estados Unidos e para os quatro cantos do Mundo esvaziaram sistematicamente o concelho”, mas acha que a situação é pior agora por “coincidir com o período da História portuguesa em que os números da natalidade são os mais baixos desde que há registo. Isto é, enquanto nos anos sessenta saíram cerca de 100 ou 120 000 portugueses por ano para a emigração ou exílio, esta sangria era compensada com nascimentos de mais de 200 000 crianças por ano”.

Segundo o artigo, em 2017, saíram 81 000 emigrantes portugueses e nasceram apenas 86 000 crianças. “Este é o drama demográfico nacional: poucos nascimentos e muitas saídas de população”, defende o autor.

João Braga Simões acredita que “o desafio para esta e próximas gerações arcuenses é este: garantir que daqui a 100 anos Arcos de Valdevez não estão transformados numa vila fantasma. Onde existam tão poucas pessoas que até já se pondere construir uma barragem em Paçô que alague tudo até à Peneda. Arcos de Valdevez reduzido ao estatuto de território para regadio. Uma previsão absurda mas ilustrativa”.

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