A TAP fechou o ano de 2021 com menos 1.480 trabalhadores face a 2020, num total de 6.626, de acordo com o relatório e contas individual da transportadora, esta terça-feira publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Esta redução acelerou a saída de trabalhadores que já se tinha verificado entre 2019 e 2020, período em que a transportadora perdeu 900 funcionários, sendo que no final do último ano antes da pandemia a companhia contava com um quadro de pessoal composto por 9.006 pessoas.
Entre dezembro de 2019 e o mesmo mês de 2021, a TAP perdeu 2.380 trabalhadores.
No documento, a transportadora recordou que “a quebra de atividade verificada a partir de março de 2020 em resultado da pandemia de covid-19, impactou significativamente a performance da empresa nos restantes meses do exercício de 2020 e durante o exercício de 2021, tendo sido significativamente afetada pelas medidas de contenção adotadas pelas autoridades nacionais e internacionais que se refletiram numa acentuada quebra na procura e levaram a empresa a diminuir a sua capacidade operacional, traduzindo-se numa deterioração da atividade ao longo dos anos de 2020 e 2021”.
No ano passado, os gastos da TAP com pessoal foram de 380,8 milhões de euros, um valor inferior ao de 2020, de 440,6 milhões de euros.
“A diminuição verificada em 2021 face a 2020 na rubrica “gastos com o pessoal” decorre, essencialmente, da diminuição do número de colaboradores face ao período homólogo e dos cortes salariais acordados com os colaboradores no âmbito do Plano de Reestruturação”, indicou a companhia no mesmo relatório.
A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou a empresa, em abril.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou a 09 de maio que o plano de reestruturação da TAP prevê um prejuízo de 54 milhões de euros este ano e atingir lucro em 2025.