Um agente da PSP foi recentemente acusado pelo Ministério Público de diversos crimes de corrupção e falsificação, entre eles a utilização de dados de portugueses emigrados para que empresa de um conhecido, que lhe pagava, escapasse a coimas de âmbito rodoviário.

De acordo com o Jornal de Notícias, o agente, entretanto retirado, fazia a ligação entre a PSP, o IMTT, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e a Conservatória de Registo Automóvel. Escreve o mesmo jornal que o arguido terá recebido, entre 2015 e 2019, por seis ocasiões, dinheiro “para evitar que um condutor, afeto à empresa do coarguido, fosse punido na sequência de infrações rodoviárias ligadas a veículos daquela firma”.

O “modus operandi” era simples: o antigo polícia preenchia destacáveis e identificava o condutor do veículo visado com dados de emigrantes ou pessoas já falecidas.