Todos nós sabemos o que é uma “cunha”, um favor que depois é compensado por outro que beneficie os dois intervenientes, mas esse conceito tem vindo a degradar-se.
Ora vejamos, se eu precisar de um pão e a outra pessoa vinho a troca é favorável aos dois, sem compromisso e tudo ficava bem.
Mas nos dias de hoje a coisa complicou-se, passou do pão e vinho para outras situações, agravou o seu anonimato, começou a ser conhecida e hoje em dia todos a utilizam.
Uma palavra simples e um acto sem malícia ou mesmo irrefletido passou a ser considerado essencial à sobrevivência de muitos.
Com o passar dos tempos essa mesma necessidade e orientação passou a ser uma prática e basicamente atingiu uma outra dimensão.
Hoje em dia chama-se corrupção, activa ou passiva, não importa, mas perdeu-se no tempo, o que era antes um simples acto de solidariedade, agora passou a ser um estilo de vida permanente, sem regras ou escrúpulos, ou seja, o dinheiro e o poder fizeram com que a “cunha” deixa-se de fazer o seu sentido.
Agora temos um conjunto de atitudes concretas e objectivas que ridicularizam esse conceito básico de ajuda ao próximo, temos uma palavra crescida, já com a sua maturidade e conceito definido.