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Nova carreira para professores no estrangeiro? Sindicato recorda que é só para alguns

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Na sequência de uma notícia veiculada pelo BOM DIA sobre as novas regras do Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL) questiona a exatidão da informação avançada e queixa-se de existirem duas carreiras bem distintas e pouco favoráveis aos docentes.

“Não se trata da vinculação dos docentes do EPE pois os cursos que têm lugar em salas disponibilizadas por escolas locais, uma vez por semana e que funcionam no Luxemburgo, Alemanha, França, Espanha, Andorra, Suíça, África do Sul, etc, rede de cursos desde 2010 sob tutela do Instituto Camões”, explica Maria Teresa Soares, daquele sindicato. 

Para a professora baseada na Alemanha, “estes docentes continuam tão precários como sempre, pois no sistema não existem quadros e apenas se podem candidatar em segunda prioridade para lugares docentes nas escolas em Portugal, o que dificulta a vinculação”, explica. 

Maria Teresa Soares completa que “os professores a que o artigo publicado se refere são aqueles que estão unicamente sob tutela do Ministério da Educação e lecionam em Escolas Portuguesas situadas em Díli, Macau, Maputo, etc.”, ou seja, trata-se do EEPE (Ensino Público em Escolas  Portuguesas no Estrangeiro), a cargo do Ministério da Educação e onde é lecionado todo o currículo das instituições escolares em Portugal. “É nestas escolas que vão ser criados novos quadros – em algumas já existem – e que vai existir concurso para vinculação”, afirma a sindicalista. 

A dirigente sindical e professora resume que os dois sistemas “nada têm a ver um com o outro e, pessoalmente, como professora e Secretária-Geral do SPCL dececiona-me muito ver que apesar de tudo o que o sindicato que represento tem tentado fazer em favor dos professores e alunos do EPE, onde só é lecionado língua e cultura portuguesas, um sistema cada vez mais precário e em extinção,  os alunos portugueses sejam obrigados a um vergonhoso pagamento”, referindo-se à propina.

Maria Teresa Soares considera que o EEPE “funciona com dignidade e o EPE totalmente isento da mesma” e no qual infelizmente não existem novas regras, “porque o Instituto Camões recusa reunir com os sindcatos”, conclui.

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