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Londres: aulas de português estão a ser um sucesso

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Alunos de língua portuguesa na escola secundária St. John Bosco School, em Londres, estão a conseguir bons resultados académicos na disciplina.

Além de um nível de aprovação no exame final do ensino secundário [A-Level] de 100% e notas elevadas no exame intermédio [GCSE] de língua portuguesa, os mesmos alunos estão a ter “progresso positivo em todas as suas disciplinas”, afirmou a Coordenadora do Ensino de Português no Reino Unido.

“Isto sugere que a aprendizagem da língua está ajudar no sucesso académico em geral”, disse Cátia Verguete.

A responsável falava durante um evento realizado para marcar hoje o Dia Internacional da Língua Materna, onde foram apresentados alguns livros oferecidos à biblioteca escolar, acompanhados com a prova de um pastel de nata.

St. John Bosco School é uma das 50 escolas parceiras do Instituto Camões no Reino Unido, onde está um dos professores colocados pelo Ministério da Educação português para o ensino da língua no estrangeiro.

O estabelecimento, situado em Battersea, no sul da capital britânica, tem alunos representativos de mais de 60 idiomas.

O professor Carlos Ferreira tem 83 alunos, a maioria (53) de origem lusófona, dos quais 30 não tinham qualquer conhecimento de português mas que agora são dos melhores da respetiva turma.

Isto implica um “desafio” adicional de ensinar o idioma a alunos que não têm qualquer conhecimento ou contacto anterior com o português.

“Tenho a melhor turma de 7.º ano até agora”, confiou à agência Lusa, enquanto elogiou alguns dos alunos mais velhos, como Simon Salazar, de origem colombiana.

Apesar de só ter começado a aprender português no 10.º ano, aos 16 anos, após três anos, este jovem já é fluente.

“É uma das minhas melhores disciplinas e espero que uma boa nota no ‘A-Level’ me ajude a entrar numa boa universidade onde quero estudar ou cibersegurança ou engenharia informática”, confessou.

Para a Coordenadora do Ensino, a escola é um exemplo de que “usar línguas maternas como um recurso curricular é positivo”, aproveitando ao mesmo tempo o apoio do Governo português, que garante um professor qualificado, um programa organizado e outras vantagens, como oferta de material e visitas de escritores.

“É importante providenciar apoio especializado a falantes nativos e também permitir que alunos que não são nativos possam experimentar, porque o português é uma língua internacional”, justificou o diretor da escola, Paul Dunne.

O responsável admitiu que sem o apoio do Instituto Camões “não seria possível” oferecer aulas de português integradas no currículo escolar, porque teria de “equilibrar o (…) orçamento e escolher prioridades”.

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