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Livro de “memórias vivas” da diáspora apresentado em Paris

A apresentação do livro “Dona Zezinha – A vida singular de uma professora”, da escritora portuguesa Altina Ribeiro, aconteceu na passada quinta-feira no consulado-geral de Portugal em Paris, com a participação do cônsul-geral em Paris, Carlos Oliveira, e do deputado Paulo Pisco.

A apresentação do mais recente livro da autora portuguesa Altina Ribeiro, “Dona Zezinha – A vida singular de uma professora”, deu-se na passada quinta-feira, no Salão Eça de Queiroz do consulado-geral de Portugal em Paris.

O evento contou com a apresentação do deputado Paulo Pisco e com a introdução do cônsul-geral em Paris, Carlos Oliveira, que abriu a cerimónia com o destaque da importância da presença de todos os convidados, assim como a comunidade portuguesa que esteve representada na apresentação.

Segundo Paulo Pisco, “Dona Zezinha – A vida singular de uma professora” é “um livro de memórias vivas”, que “nos remete para um tempo histórico, um contexto da realidade portuguesa, onde nós podemos ver bem as dificuldades da vida das pessoas, mesmo aquelas que tinham algum estatuto, como era o caso da dona Zezinha. Essas dificuldades levam a que mais tarde ou mais cedo, um após outro, acabem por deixar as aldeias e partam para a emigração”.

Esta é a versão portuguesa do livro que inicialmente foi escrito e publicado em francês por Altina Ribeiro, que nos fala de dona Zezinha, uma professora que lecionou em diferentes aldeias de Portugal durante o regime do Estado Novo, através das memórias do seu filho, Carlos Alexandre.

Carlos acompanhou a mãe pelas várias escolas por onde passou, antes de ser enviado pelos pais para França de forma a fugir ao serviço militar e a uma eventual partida para a Guerra colonial. 

No decorrer de um trama passado nos anos 50, os pais acabariam por se juntar a ele, compondo esta história de vida que surge como exemplo de um dos percursos traçados pelos vários portugueses que emigraram para fora do país, não se caracterizando apenas como uma narrativa biográfica, mas também como “um livro de história” sobre este capítulo da emigração portuguesa para França.

O deputado não deixou de parabenizar a escritora pela forma como “conseguiu dar coerência a toda esta narrativa retirada das memórias de Carlos Alexandre” que, ao acompanhar e nos transmitir o percurso da sua mãe “nos permite ter um olhar sobre o que era Portugal nesse período dos anos 50, ao longo deste tempo, até aos tempos recentes”, tendo o mesmo falecido em 2019.

A versão portuguesa do livro conta com complementos de informação que não constam da versão original, escritos depois da autora ter visitado algumas das aldeias por onde passou dona Zezinha e conversado com alguns dos seus ex-alunos, segundo o Lusojornal.

O encontro teve ainda continuidade para um debate com discussão da temática “Os Escritores na Diáspora – Portugal Visto de Fora”, com a participação das escritoras portuguesas residentes em França, Alice Machado, Alexandra Vieira, Carla Pais e Altina Ribeiro, e moderação de Paulo Pisco.

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