Com a atribuição de 50% aos profissionais de saúde, surgem agora as designadas forças da ordem “exigir” igual medida.
O Estado atravessa-se em tudo. TAP, EFACEC, assegura tudo, mas esquecemo-nos que estamos ante uma calamidade – objectivamente ninguém é responsável. Parece-me que as ajudas devem ser pontuais. Senão – e porque cada português de um ou de outro modo contribuiu – nem que fossem os doentes que viram os tratamentos protelados a tender para o esquecimento – devem ser alvo de atenções especiais.
A TAP. A TAP é mais um caso sério. Não se contesta nem um pedacinho que tudo se faça para sobreviver. É imprescindível por vários e variáveis motivos.
Não se está a perfurar setenta e tal por cento de capital para arcar prejuízos. – Até porque é público: Não dói directamente a ninguém, não há esmero. É para se fazer que seja feito o que for (des)rentável – numa prática arcaica, ancestral – para vingar o melhor possível. É para alienar por tuta e meia, quando se entender que o Estado, como salvador da Pátria, se pode retirar. E não estou a dizer que por ser os costumes, mas sim a lógica. A lógica instituída.
Por outras palavras: um NOVO Novo Banco. (A parte má para o contribuinte que é (somos) o Estado. E a parte boa para os privados.) Eu não estou a escrever isto naquela lógica vulgar – do simplesmente botar abaixo. Mas é, reitero, a percepção que todos temos que ser assim.
A desfaçatez com que se premeia o privado. – Não observando que é, representa, um ónus para todo e qualquer um dos mais singulares dos portugueses – como digo – o óbvio, de resto, porque todo o patrício de um ou de outro modo pagou. Milhares de casos que ficaram sem a mais diversa intervenção, que em modo de espiral, originou outro qualquer padecimento…
(E isto são apenas tópicos. Ter em atenção).
Mário Adão Magalhães