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Covid-19: Santos Silva tranquiliza portugueses no estrangeiro

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, assegurou no parlamento o apoio aos portugueses no estrangeiro que sejam afetados pelo novo coronavírus.

O ministro respondia na comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas a perguntas de deputados de todos os partidos que, embora elogiando a atuação dos serviços diplomáticos nos casos já ocorridos, quiseram saber se esse nível de apoio se vai manter.

Na resposta, Santos Silva agradeceu e destacou “o profissionalismo e até coragem” de todos quantos participaram no repatriamento dos portugueses de Wuhan, a cidade chinesa onde surgiram os primeiros casos e que está na zona mais afetada, na assistência aos tripulantes do navio ao largo do Japão e no apoio aos afetados no Irão, obrigados a alterar os planos de viagem.

“O apoio consular é uma das missões mais nobres do Ministério dos Negócios Estrangeiros”, disse Santos Silva.

Quanto à forma como ele será prestado, o ministro assegurou que será “nos mesmos termos” que é feito o apoio consular aos cidadãos portugueses “vítimas de conflitos armados, catástrofes naturais ou privação material”, entre outros.

Questionado sobre os planos do governo para fazer face às possíveis consequências económicas do surto, Santos Silva pediu “distância, cautela e frieza” em relação às “cenarizações” que não se baseiam em dados.

“Aconselho muita distância, cautela e frieza. Não vamos nem costumamos ser reativos […] Fio-me mais nos resultados”, afirmou, evocando o crescimento da economia portuguesa e o aumento das exportações para defender que Portugal está “mais bem preparado para enfrentar” uma conjuntura internacional de incerteza.

“A preocupação ‘número um’ é mesmo a proteção das pessoas, quanto melhor protegermos as pessoas, melhor protegemos a nossa economia”, disse.

Ao deputado Paulo Neves, do PSD, que qualificou de “dececionante e pouco ambiciosos” os resultados económicos do governo e falou de mil milhões de euros de prejuízos já sofridos pela União Europeia devido ao novo coronavírus, o ministro pediu frieza.

“Faço minhas as palavras do presidente da CIP [Confederação Empresarial de Portugal], não vamos, antes da pandemia, entrar em pandemónio”, disse Santos Silva.

“Não desvalorizemos os riscos e as ameaças, mas confiemos em nós próprios”, pediu.

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