De que está à procura ?

Colunistas

Casamento real

“Depois, certo dia foram a casar levando a Maria um véu que parecia espuma do mar”
Maria do Mar” de Fernando Gomes 

Hoje, dia 7 de outubro de 2023, fez-se história em Mafra, Portugal.

Foram a casar, este fim de semana, no Convento de Mafra, Infanta Maria Francisca e Duarte de Sousa, numa cerimónia simples e descontraída sem deixar de ter o nível de um Casamento Real. Ao longo do casamento foi de notar a alegria da noiva e o nervosismo do noivo. Foi lindo conseguir ler nos lábios do noivo, ao receber a noiva no altar, “Estás muito bonita!”. E, sim, o noivo teve bem, a noiva usava um vestido simples, sem bordados e véus de 5 metros, mas mesmo assim encantava. Não era a roupa que a fazia bonita, era o seu sorriso e simpatia.  Os únicos elementos que ostentava elegantemente eram a coroa e a pulseira de safiras da Rainha Dona Amélia. 

Diz a tradição que as noivas têm de usar no dia do casamento algo azul, emprestado e antigo. A Infanta Maria Francisca fez jus à tradição com a pulseira de safiras azuis emprestada pela Rainha Dona Amélia, da casa de Bragança, um elemento com mais de cem anos de peso. 

Os convidados, iam no geral, dentro das normas exigidas da indumentária para um Casamento Real. Apesar da Infanta não ter requerido regras restritas aos convidados quanto a esse aspeto, as senhoras vingaram com os seus chapéus. A panóplia de cores deu vida ao casamento, apesar de ser outono e estarem uma média de 30 graus em Portugal continental. Que pena eu tenho dos homens, nestas ocasiões, que não têm muitas opções além dos fatos. 

Pessoalmente, gostei da atitude dos noivos, que fizeram um bolo de noivado para dar uma fatia a quem estivesse do lado de fora a assistir ao casório. No fim da cerimónia, eles dirigiram-se ao exterior da igreja e cortaram o bolo com a espada como manda a tradição, e começaram a distribuição. 

Seria injusto dizer que sou monárquica, visto não ter conhecimento suficiente a nível político para o afirmar. Eu amo ser portuguesa, amo a nossa história, não o nego. Podem-me vir dizer, “mas e os colonistas, fizemos coisas terríveis”, ó pá tenham santa paciência, é que os republicanos são uns santos! 

Deixo-vos aqui com um bolo fofinho de Mafra, porque quando a boca está cheia… 

Ingredientes

Para o bolo:

7 ovos 

200 gr de açúcar mascavado

200 gr de noz picada

150 gr de manteiga

100 gr de farinha com fermento

Canela em pó para polvilhar 

Para o doce de ovos:

12 gemas 

250 gr de açúcar

125ml de água 

Preparação

Para o bolo:

– Pré aquecer o forno a 200 graus;

– Bater a manteiga com o açúcar e os ovos;

– Quando ficar em creme, deve juntar os restantes ingredientes até que estejam todos bem envolvidos; 

– Verter a mistura numa forma e levar ao forno por 40 minutos.

Para o creme de ovos:

– Num tacho, junte o açúcar e a água e deixe levantar fervura;

– Numa taça à parte, peneirar as gemas com a ajuda de uma escumadeira para separá-las de película; 

– Quando a calda de açúcar estiver morna juntar às gemas e envolver bem;

– Levar a mistura ao lume até engrossar; 

– Deixar arrefecer. 

Sirva o bolo com o doce de ovos, bom apetite! 

Dévora Cortinhal

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA