Confesso que tenho pouco paciência para desejar boas festas. Deve ser uma merda qualquer do foro psiquiátrico que me impede de enviar mensagens de boas festas, fazer telefonemas e SMS
Eu acho que às pessoas que adoro e que são meus familiares e amigos é redundante estar-lhes a desejar algo que eles sabem perfeitamente que lhes desejo, e desejo a eles e ao meio envolvente: mulherio, gajos delas, amantes, filharada, periquito, putos, sogros e afins.
Claro que aproveito para telefonar a meia dúzia de pessoas com quem gosto de conversar e manter o contacto, mas não vou dar exemplos.
Claro que quando encontro alguém na rua e falamos, no final desejo boa festas, como desejo boas festas a quem me atende numa loja, ou à fulana dos inquéritos de satisfação da Vodafone! Um sorriso e um desejo não custa muito, especialmente o desejo que essa pessoa que não conhecemos de lado nenhum tenha uma quadra espectacular.
Há momentos que me recordo de pessoas com quem passei o Natal e já cá não estão, mas a vida é assim: e recordo especialmente a minha avó Quina, o meu avô Severino, o meu tio Tony, a Bi, O Chico Sampaio, a D. Constança. Mas lembro-me de alguém com quem passei um Natal curioso, mas que infelizmente partiu há pouco tempo , mas como tinha muita luz, certamente estará a iluminar um presépio.
A minha mãe organizou uma ceia de Natal e o almoço do dia seguinte, e talvez, em vez de ter comprado um peru, certamente comprou uma avestruz. Eu não devia ter mais de 15 anos e aquilo foi marcante, foi a coisa mais seca que comi num almoço de Natal e para aí nos 15 dias seguintes. O raio de peru durava, durava, durava….
Boas Festas Zé Manel, onde quer que estejas.