A gestora de investimentos norte-americana BlackRock afirmou que não está a participar em planos para comprar o Credit Suisse, rejeitando ter interesse em vir a fazê-lo no futuro.
“A BlackRock não está a participar em planos para comprar a totalidade ou qualquer parte do Credit Suisse, e não tem intenção de o fazer”, informou a empresa, numa declaração enviada às redações.
O Credit Suisse tornou-se esta quinta-feira no primeiro banco de grande dimensão à escala mundial a receber uma ajuda pública de emergência desde a crise financeira de 2008.
O Financial Times (FT) noticiou que a BlackRock estaria a preparar uma oferta para comprar o Credit Suisse depois das notícias de que o UBS está este fim de semana em negociações ara adquirir o banco.
Numa versão atualizada da notícia ‘online’, o FT afirmou que a BlackRock chegou a falar com outros potenciais investidores e avaliou várias opções, incluindo a compra de apenas algumas áreas de negócio.
Estas notícias surgem um dia depois de o FT ter igualmente avançado que a UBS está em negociações para a compra, total ou parcial, do capital do Credit Suisse e que durante este fim de semana estarão a decorrer negociações entre os conselhos de administração das duas maiores instituições financeiras suíças.
Estas negociações com a UBS estão a ser lideradas pelo Banco Nacional Suíço e pelo regulador do mercado financeiro suíço, o FINMA, de acordo com fontes citadas pelo jornal londrino.
Uma das preocupações das autoridades é encontrar uma solução para o Credit Suisse durante este fim de semana que permita convencer e tranquilizar os mercados antes da abertura na segunda-feira e, desta forma, evitar mais uma semana negra para aquele que está na categoria dos 30 bancos mundiais que são considerados demasiado grandes para falir.
Na quinta-feira foi anunciado que o Credit Suisse iria receber um empréstimo de até 50 mil milhões de francos suíços (50,7 mil milhões de euros) do banco central da Suíça para “fortalecer” as contas da instituição.
Ao mesmo tempo, o segundo maior banco suíço anunciou uma série de operações de recompra de dívida no valor de cerca de 3 mil milhões de francos suíços (3,04 mil milhões de euros).
Esta ajuda surgiu um dia depois de o Credit Suisse ter enfrentado a sua sessão mais negra na bolsa, perdendo um quarto do seu valor, com as suas ações a caírem para um nível historicamente baixo, abaixo de 2 francos suíços (2,03 euros).
Este período de turbulência no setor bancário começou antes, com o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos, após a qual se deu uma acentuada queda em bolsa na quarta-feira do Credit Suisse.