De que está à procura ?

Lifestyle

Rota do Românico: Igreja de Lufrei

Na Rota do Românico desta semana continuamos pelos caminhos de Amarante, para descobrirmos o pequeno mas valioso templo de Lufrei.

Lufrei foi um convento de monjas beneditinas, provavelmente fundado pela família de Gonçalo João da Pedreira, que em 1455 foi abandonado, convertendo-se em igreja paroquial, estatuto que manteve até 2001, momento em que foi edificada uma nova igreja na freguesia.

Isenta de detalhes decorativos esculpidos, a Igreja do Salvador de Lufrei é apenas iluminada por estreitíssimas frestas de sabor românico posicionadas em pontos-chave do edifício: sobre o portal principal e sobre o arco cruzeiro e apenas uma em cada alçado da nave.

Os cachorros são lisos, testemunho do seu caráter tardio. O arranjo dos portais, que se inscrevem na espessura dos muros, sem colunas ou tímpano, corrobora-o. A empena da fachada principal é interrompida por uma dupla sineira, erguida ao modo românico.

O interior de Lufrei encontrava-se, todo ele, rebocado a branco até ao final de 2013, altura em que a Igreja foi submetida a uma ação de conservação e restauro das suas pinturas murais. No topo da parede do arco triunfal, identificaram-se duas campanhas de pintura, mas de composição semelhante, na representação do Calvário. Na parede norte da nave, merece destaque a figuração a fresco de um Santo André, acompanhada de uma inscrição datada de 1608.

Igreja de Lufrei (3)

O retábulo-mor e os retábulos colaterais da nave, que também foram alvo de conservação e restauro, inscrevem-se no período maneirista, como o comprova a presença de painéis de pintura na sua estrutura.

Deixámos a Igreja de Lufrei para, poucos minutos depois, entrarmos no belíssimo centro histórico de Amarante, plantado sobre o rio Tâmega. Aqui, não poderemos deixar de visitar alguns locais, sob pena de nos arrependermos eternamente: a ponte de São Gonçalo, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, o Convento de São Gonçalo, a Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos e o seu Museu de Arte Sacra.

Imperdíveis são também os doces conventuais criados pelas monjas de Santa Clara: as trouxas de ovo, as lérias, os foguetes, os papos de anjo, os São Gonçalos e as brisas do Tâmega. Não perca também a oportunidade de adquirir, sorrindo, o bolo de São Gonçalo, reconhecido pela sua forma fálica e pelas suas artes mágicas na angariação de noivos para as mulheres solteiras…

Até breve!

www.rotadoromanico.com

www.facebook.com/rotadoromanico

App da Rota do Românico: http://goo.gl/lIMRBH

Igreja de Lufrei (4)

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA