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História da emigração pode vir a ser matéria escolar

O ensino da história da emigração nas escolas e a criação de um Museu Nacional da Emigração são duas das propostas de uma moção setorial que será apresentada durante o congresso do Partido Socialista, que decorre em Lisboa na próxima semana.

Na moção “Fazer a diferença nas comunidades” sublinha-se que “a história da emigração portuguesa precisa de ser conhecida nas suas várias dimensões a nível do ensino secundário, um trabalho que já devia estar feito há muito tempo”.

O ensino da história da emigração nas escolas, segundo o documento, “é uma forma de dignificar a valorizar a emigração portuguesa que ainda é vista com estigma e preconceito pela sociedade e pelas instituições, e fomentar os estudos destas temáticas ao nível do ensino superior deve ser assumido como um dos objetivos de qualquer governação”.

“Por outro lado, com o mesmo sentido pedagógico, o Estado devia começar a pensar em criar um grande Museu Nacional da Emigração, com este ou outro nome. A nossa identidade coletiva está marcada pelas migrações que ao longo dos séculos deixaram um legado histórico e humano de uma riqueza imensa, que nunca deveríamos descurar”, refere-se na moção.

Segundo o documento, independentemente de o Partido Socialista estar no poder ou na oposição, deve sempre “defender políticas públicas sólidas para as comunidades em todas as suas dimensões, do ensino aos consulados, da participação cívica ao associativismo, do domínio social à cultura”.

“Devemos, acima de tudo, ter uma estratégia coerente e consistente para valorizar, reconhecer e dignificar as nossas comunidades. E assim também fazer a diferença”, indica-se.

No documento refere-se que o Partido Socialista nasceu também fora do país durante a ditadura, em 19 de abril de 1973, na Alemanha, em Bad Munstereifel, e entre os seus fundadores havia exilados e emigrantes.

O PS, segundo a moção – que tem como primeiro subscritor o deputado Paulo Pisco, eleito pela Emigração pelo círculo da Europa -, precisa de reforçar a sua relação com as secções no estrangeiro e tem de ser “ambicioso na sua relação com as comunidades”.

“Só assim será possível ao partido crescer nas comunidades, atrair novos militantes e estar motivado para ganhar as batalhas eleitorais do futuro, particularmente nas eleições para a Assembleia da República e para o Parlamento Europeu”, indica-se.

Segundo o documento, é necessário criar um site e uma newsletter exclusivamente dirigida aos militantes das comunidades como forma de os manter informados e assim potenciar a dinamização de iniciativas e aumentar a sua motivação e interesse. Por outro lado, as secções devem partilhar todo o tipo de informação, indica-se ainda na moção.

O XXI Congresso do Partido Socialista realiza-se em Lisboa, nos dias 3, 4 e 5 de junho.

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