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Costa visita Açores e vai à procissão do Santo Cristo

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, no final do debate quinzenal sobre a "situação económica e social", na Assembleia da República, em Lisboa, 28 de abril de 2016. ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O primeiro-ministro vai estar no domingo, feriado do 1º de Maio, várias horas, pelo menos quatro, na procissão do Senhor Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, no âmbito da sua visita de três dias aos Açores.

António Costa, que chega aos Açores na sexta-feira para uma visita oficial de três dias, estará na ilha de São Miguel a partir de sábado – e à noite terá logo no programa um passeio pelo arraial das Festas do Senhor Cristo dos Milagres.

“Será uma ocasião para contactos com a população, numa festa que tem um grande envolvimento popular e que se destaca pela forte presença de cidadãos da comunidade portuguesa e de luso-descendentes”, disse à agência Lusa fonte do Governo.

A celebração do Senhor Cristo dos Milagres é considerada historicamente a mais antiga devoção portuguesa (com origens no período do Renascimento) e, em termos de afluência popular, apenas será ultrapassada pelas celebrações de Nossa Senhora de Fátima.

António Costa deverá fazer o início da procissão, depois assistirá a parte da passagem, juntando-se novamente ao percurso na fase final.

A procissão é formada por duas partes: Um primeiro grupo constituído por “representantes de entidades oficiais”; e um segundo grupo, este muito maior, que integra os cidadãos religiosos.

Um dirigente político da maioria socialista açoriana afirmou à agência Lusa que, de acordo com o ritual próprio deste evento religioso, espera-se “no mínimo uma presença de quatro horas” por parte do representante de entidade oficial – uma regra que abrange naturalmente o primeiro-ministro.

“Sair antes é como sair a meio de um casamento”, justificou o mesmo responsável político açoriano. E nem o antigo presidente do Governo Regional dos Açores, o histórico social-democrata Mota Amaral, “com fortíssimas ligações à Igreja, arriscava incumprir esse tempo mínimo de presença” na procissão.

Fonte do Governo referiu à agência Lusa que António Costa, apesar de não ser crente, participou em vários atos religiosos, incluindo procissões, enquanto desempenhou as funções de presidente da Câmara de Lisboa entre 2007 e 2015.

“António Costa acompanhou sempre de perto celebrações como as do Santo António, ou as do Corpo de Deus. Estando em São Miguel, em dia destas festividades, ninguém compreenderia que o primeiro-ministro não estivesse presente”, justificou ainda a mesma fonte do executivo.

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