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Seleção sub-21 perde com Inglaterra e falha JO de Paris

Uma exibição de contrastes em cada parte castigou Portugal com a ‘queda’ nos quartos de final do Europeu de futebol de sub-21 face à invicta Inglaterra (0-1) e, por consequência, a ausência dos Jogos Olímpicos Paris2024.

No Estádio Ramaz Shengelia, em Kutaisi, na Geórgia, um tento providencial de Anthony Gordon, aos 34 minutos, permitiu aos ‘três leões’ afastarem os vice-campeões em título, que dissiparam a apatia inicial depois do intervalo, mas não mostraram eficácia à altura.

A Inglaterra, campeã em 1982 e 1984, vai encarar Israel nas ‘meias’ do Europeu de sub-21, competição na qual os lusos já tinham vacilado nas decisões de 1995, 2015 e 2021, para agora terminarem a sua nona fase final com a quinta melhor prestação de sempre.

Em paralelo, o conjunto das ‘quinas’ ficou igualmente afastado das três vagas europeias de acesso aos Jogos Olímpicos, que decorrerão na capital de França, no verão de 2024.

Repetindo o ‘onze’ inicial da vitória frente à Bélgica (2-1), da terceira e última jornada do Grupo A, a equipa de Rui Jorge entrou expectante face ao ascendente da Inglaterra, que resgatou a sua melhor versão e viu Curtis Jones rematar ao lado, logo ao quarto minuto.

Portugal teve dificuldades para ligar setores em contra-ataque e apenas reagiu perto do quarto de hora, com Pedro Neto a chutar para defesa apertada do guarda-redes James Trafford, após James Garner ter facilitado ao tentar intercetar um centro de João Neves.

Os lusos nunca estiveram confortáveis numa primeira parte controlada pelos ‘três leões’, que voltaram a arriscar aos 23 minutos, num ‘tiro’ de Anthony Gordon sustido por Celton Biai, e aos 28, quando Jacob Ramsey permitiu o corte de André Amaro em zona frontal.

Noni Madueke atirou em arco para fora, aos 31, três minutos antes de ajudar o conjunto de Lee Carsley a capitalizar esse dinamismo atacante, ao lançar pela direita a subida de Morgan Gibbs-White, que cruzou atrasado e rasteiro para Gordon inaugurar o marcador.

Uma tentativa de Tiago Dantas bloqueada por Harwood-Bellis na área da Inglaterra, aos 45+1 minutos, resumiu a resposta de Portugal até ao intervalo, altura em que Rui Jorge substituiu Samuel Costa por Paulo Bernardo e incutiu maior atrevimento no seu coletivo.

Os vice-campeões em título apareceram transfigurados na segunda etapa e remeteram o oponente às tarefas defensivas, assentando esse crescimento por Francisco Conceição, aos 56 minutos, e Paulo Bernardo, que ficou a centímetros de repor a igualdade, aos 59.

A toada mais impositiva manifestada por Portugal ao longo desta prova acentuou-se num golpe aéreo à trave do recém-entrado Henrique Araújo, após cruzamento de Pedro Neto, aos 73 minutos, e em mais uma defesa de Trafford, agora ante Paulo Bernardo, aos 76.

Diego Moreira e Vitinha também ‘saltaram’ do banco de suplentes para refrescar o último terço nos instantes decisivos, mas um pontapé alto de Nuno Tavares, aos 90+6 minutos, valeu o derradeiro ‘assomo’ luso, deixando a sensação de que era possível ir mais além.

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