Porto empata em casa em dia de homenagem a Pinto da Costa
O FC Porto falhou a aproximação à liderança da I Liga de futebol, ao empatar 1-1 na receção ao Vitória de Guimarães, no fecho da 23.ª jornada, na noite em que o Dragão homenageou Pinto da Costa.
O estádio quase lotado uniu-se num aplauso coletivo ao antigo presidente, falecido em 15 de fevereiro, em tributo repetido, depois, simbolicamente, aos 42 e 87 minutos, e celebrou efusivamente o golo de Fábio Vieira, aos 67.
Mas, Umaro Embaló estragou a festa portista, já perto do fim, aos 86 minutos, ao empastar o jogo e fixar o resultado final.
Com este empate, o terceiro no campeonato sob a liderança de Martín Anselmi, o FC Porto foi igualado no terceiro lugar, somando os mesmos 47 pontos do Sporting de Braga, a seis dos líderes Sporting e Benfica, enquanto o Vitória segue em oitavo, com 32.
No lançamento do jogo, os dois técnicos anunciaram ambição de ganhar e mostraram conhecimento sobre a forma de jogar do adversário, não surpreendendo o encaixe e, por vezes, o jogo de pares proporcionado pelos jogadores.
Anselmi, o anfitrião, foi quem mais tentou inovar, ao patrocinar a estreia na I Liga, e a titular, do compatriota argentino Tomás Pérez, encaixado no meio dos centrais e a promover, quase sempre, uma saída limpa.
O jogo portista ‘emperrava’ mais à frente, por falta de bola em Fábio Vieira na maior parte do tempo e devido à baixa rotatividade do aniversariante Pepê, substituído por lesão aos 28 minutos, parecendo que Gonçalo Borges, ‘puxado’ para trás, a funcionar como falso lateral, conseguia melhor desempenho em velocidade.
Zé Pedro, Rodrigo Mora e Danny Namaso completaram a mão cheia de alterações promovidas pelo técnico portista, não deixando de surpreender as saídas de Eustáquio e Samu, estando o foco no que a vitória poderia proporcionar à equipa no imediato e no campeonato.
No Vitória de Guimarães, Luís Freire foi mais conservador, apostando em João Mendes e no reforço Vando Félix, em detrimento de Samu e Nuno Santos, relegados para o banco. Filipe Relvas, outra das novidades no mercado de inverno, surgiu pela primeira vez na equipa, rendendo o castigado Mikel Villanueva.
A equipa minhota foi coesa a defender, mas faltou-lhe metros e velocidade no ataque, numa primeira parte em que o FC Porto teve mais bola e iniciativa, mas, em rigor, pouco incomodou Bruno Varela.
Gonçalo Borges podia ter contrariado esta ideia, aos 19 minutos, mas o remate, em boa posição na entrada da área do Vitória, não levou a melhor direção,
O moderado ritmo de jogo regressou para o segundo tempo, no qual Tomás Pérez foi perdendo influência e o Vitória logrou ter mais bola no meio campo contrário.
A formação de Guimarães ainda marcou por Nélson Oliveira, aos 55 minutos, mas o lance seria anulado por posição irregular, à semelhança do que sucedeu com Namaso no primeiro tempo (41).
Borevkovic, aos 60 minutos, cabeceou mal, quando tinha a baliza à sua mercê, e falhou o primeiro golo do jogo, que seria festejado no minuto seguinte, na área do Vitória, num remate colocado de Fábio Vieira.
O FC Porto animou com o golo, mas Luís Freire reagiu bem a partir do banco, ao lançar três elementos, e seria num lance construído pelos suplentes Nuno Santos, na assistência antes da linha de meio campo, e Umaro Embaló, a finalizar na entrada da área portista depois de uma longa corrida, que o Vitória chegaria ao empate.
Faltavam quatro minutos para os 90 e pouco tempo para o FC Porto resgatar o triunfo, que o Vitória, timidamente, sempre em transição rápida, procurou espreitar.