A Assembleia da República cumpriu na quarta-feira, a pedido do presidente Ferro Rodrigues, um minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios florestais, no dia em que passaram três anos da tragédia de Pedrógão Grande.

Antes do início do debate do Orçamento Suplementar na generalidade, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, usou da palavra para dizer que “17 de junho de 2017 não mais se poderá repetir”, o dia em que deflagrou em Pedrógão Grande um incêndio florestal, que depois alastrou aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Sertã, Pampilhosa da Serra e Penela, que fez 66 mortos e 254 feridos.

“O dia 17 de junho de 2017 ficará na história como o dia em que deflagrou aquele que foi o incêndio florestal mais mortífero de sempre em Portugal, uma tragédia cuja dimensão não encontra paralelo na nossa história recente”, lamentou.

Para Ferro Rodrigues, homenagear aquelas e aqueles que morreram em 2017 é sobretudo garantir que não se volta “a assistir a uma tragédia com esta dimensão”.

“É, pois, em memória das vítimas dos incêndios florestais que peço a todos que cumpramos um minuto de silêncio”, apelou, num dia em que decidiu que a bandeira do parlamento está a meia-haste em memória das vítimas dos incêndios florestais de há três anos em Pedrógão Grande.

De acordo com Ferro Rodrigues, “a Assembleia da República decidiu consagrar este dia em evocação da memória dos homens, das mulheres e das crianças que perderam a vida em 2017, mas igualmente de todos e de todas quantos ao longo da nossa história sucumbiram ao flagelo dos incêndios florestais em Portugal”.

“O parlamento desde o primeiro momento procurou compreender, em todos os seus contornos, obtendo de forma isenta e credível os esclarecimentos possíveis. Foi assim com o funcionamento de comissões técnicas independentes, é assim com o funcionamento da comissão eventual de inquérito, que a seu tempo obterá a suas conclusões”, enalteceu.