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Investigador português recebe prémio internacional de ecologia

 O investigador da Universidade de Évora Miguel Bastos Araújo, especializado nos impactos das alterações climáticas, foi galardoado com o Prémio Ernst Haeckel 2019, atribuído pela Federação Ecológica Europeia (EEF), anunciou a academia alentejana.

A Universidade de Évora (UÉ) revelou, em comunicado, que Miguel Bastos Araújo ficou “profundamente honrado” com a atribuição deste prémio, que homenageia Ernst Haeckel, “o biólogo, naturalista, filósofo, médico, professor, biólogo marinho e artista alemão que descobriu, descreveu e nomeou milhares de novas espécies”.

Na página da EEF, consultada pela Lusa, é referido que este galardão é atribuído, de dois em dois anos, a um ecologista sénior, como forma de reconhecer a sua excecional contribuição para a ciência ecológica europeia.

Miguel Bastos Araújo, o galardoado com a edição de 2019 do prémio, “é um líder mundial no estudo dos efeitos das alterações climáticas na biodiversidade”, realçou a EEF.

A sua investigação, desenvolvida no âmbito de redes em Portugal, na Dinamarca e em Espanha, tem sido “crucial” para definir as melhores práticas para a modelação das alterações da biodiversidade, através do tempo e do espaço, e para avaliar as consequências das atividades humanas na natureza, acrescentou a federação.

A cerimónia de entrega do prémio, que foi atribuído pela primeira vez em 2011, à investigadora e ecologista britânica Georgina Mace, vai ter lugar em Lisboa, no âmbito do 15.º Congresso da EEF, a realizar entre os dias 29 de julho e dois de agosto de 2019.

Miguel Bastos Araújo, segundo a UÉ, é investigador do CIBIO-inBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos – Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva).

O português “coordenou e/ou participou em dezenas de projetos científicos internacionais na área dos impactos das alterações climáticas, tendo ainda sido responsável pela produção de relatórios sobre os efeitos das alterações climáticas na biodiversidade para os governos de Espanha e Portugal”, lembrou a UÉ.

Além disso, realçou, dirigiu o relatório sobre as consequências das alterações climáticas nas áreas protegidas europeias, a pedido do Conselho da Europa.

Atualmente, a pedido da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, coordena os trabalhos preparatórios da Estratégia Regional do Alentejo para as Alterações Climáticas.

Já recebeu vários prémios internacionais, tendo sido galardoado, em 2016, com o Prémio Rey Jaime I, que distingue estudos e entidades científicas que contribuem para a promoção da investigação e para o desenvolvimento científico em Espanha.

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