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Fui ao hipermercado

Esta semana tirei uma manhã para ir às comprar num hipermercado. Tirei a manhã mas apenas tive lá apenas meia hora, o resto do tempo foi nos preparativos e no repouso após compras. Tinha duas listas e foi sempre a aviar.

Nunca tinha ido a um hipermercado de fato de treino, mas algum dia tinha que ser. Andava assim por casa e pensei “que se lixe, vou mesmo assim” e fui e de facto confirmo que assim equipado, o hipermercado tem outra sensação e ate dá um ar de pessoas saudável e só comemos porcarias que fazem bem ao corpo, mas mal à alma.

Como ando a tomar um diurético resolvi ir à casa de banho do hipermercado, não fosse dar-me uma aflição a meio das compras. Estava um velhote num urinol e eu fui para um outro, para manter a distância social fiz muito bem. O homem de repente, extravasa todo o seu potencial de flatulência que tenho a certeza, se houvesse um medidor de decibéis ou um sismógrafo portátil, teria registado tal evento com a dignidade merecida.

Pela indumentária que eu levava vestido, eu podia ter dito “queres guerra? Toma lá dos meus”, mas reconheço que o homem seria de um gabarito que só serviria para me envergonhar. Optei pelo tradicional “ah valente” mas ele nem me deu confiança, afinal tratava-se de um profissional.

De seguida, resolvi só comprar produtos em promoção e dei um golpe nas filas dos caixas, tipo como se fazem para as vacinas para combater o COVID-19. Todas as filas para pagamento estavam cheias de gente e dei uma volta para ver se era necessário comprar mais alguma coisa. Mas eis que á distância vejo uma senhora a desinfetar uma caixa. Aproximei-me e perguntei se a caixa estava a funcionar. Respondeu afirmativamente e disse-me para colocar as compras no tapete rolante da caixa. Porreiro!

Mal coloquei os meus produtos, começa a nascer uma fila enorme atrás de mim, vindas das filas vizinhas. Olhavam para mim com ar de reprovação, alguns casais resmungavam entre eles, mas eu não tenho culpa de ter descoberto uma caixa sem ninguém. E então, para chatear mais um bocadinho, vi se tinha dinheiro mas resolvi pagar em cartão e procurei aquele onde tenho saldo, claro que pedi fatura com número de contribuinte e ainda estive a trocar meia dúzia de palavras de circunstância com a senhora do caixa. A maldade que residia em mim estava a dar resultado, consegui desesperar umas quinze pessoas com mau perder.

Pelo menos, no final fui colocar o carrinho de compras no local certo e não o abandonei junto ao automóvel. Segui sempre as direções corretas do sentido indicado nas marcações e não andei em contramão. É que no dia anterior tinha apanhado uma multa de excesso de pressa.

Cheguei a casa e resolvi nunca mais ir a um supermercado com fato de treino vestido. É perigoso.

 

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