Biden promete reformas para “restaurar sonho americano”
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, defendeu, durante um discurso em Chicago, as suas reformas económicas, que agora agrupa sob o nome de “Bidenomics”, garantindo que vão “restaurar o sonho americano”.
Num importante discurso económico em Chicago, o chefe de Estado afirmou que as suas políticas económicas salvarão “o sonho americano” do cidadão comum, após décadas de políticas Republicanas a favorecer os ricos.
“Estamos a fortalecer a classe média e queremos um crescimento que beneficie a todos”, disse Biden.
“’Bidenomics’ é sobre o futuro. ‘Bidenomics’ é apenas outra maneira de dizer: restaure o sonho americano”, acrescentou.
De facto, a economia norte-americana melhorou constantemente ao longo do ano passado e o desemprego está perto de mínimos históricos, em 3,7%.
Também a inflação, que atormentou a Presidência de Biden, caiu para 4%, de um pico de 9,1% em junho passado. Mas os preços ainda sobem significativamente, uma preocupação para os eleitores e uma linha de ataque para a oposição Republicana e outros candidatos presidenciais.
Ao mesmo tempo, o líder Democrata tentou retratar as anteriores medidas Republicanas como profundamente falhas, advogando que apenas ajudaram os ricos, mas falharam com a classe média durante décadas, já que os prometidos benefícios “a conta-gotas” nunca pareciam chegar aos menos ricos.
A abordagem Republicana “falhou com a classe média, falhou com a América, fez explodir o défice, aumentou a desigualdade…e isso enfraqueceu a nossa infraestrutura, despojou a dignidade, o orgulho e a esperança das comunidades”, disse.
“A ‘Bidenomics’ é o desejo de reconstruir completamente a economia em três eixos fundamentais: fazer investimentos públicos inteligentes na América; capacitar e educar os trabalhadores para o crescimento da classe média; e promover a competição para reduzir custos e ajudar empreendedores e pequenas empresas a prosperar”, explicou.
A escolha de colocar a economia no centro da sua campanha é ousada e potencialmente arriscada para Joe Biden, enquanto aquela que é a maior economia do mundo ainda pode passar por uma recessão na segunda metade do ano.
E associar o seu nome a esta estratégia, ao promover a sua “Bidenomics”, pode ser ainda mais arriscado tendo em conta a “Reaganomics”, uma referência ao ‘boom’ económico dos anos 80 sob a presidência de Ronald Reagan e que continua a ser uma referência para os Republicanos.
No seu discurso em Chicago, Biden prometeu realizar algumas das maiores reformas sociais que defendeu durante a sua campanha para as eleições de 2020 e que acabaram paralisadas pelo facto de os Democratas não terem votos suficientes para aprová-las no Congresso.
Biden, aliás, o usou seu discurso para deixar claro que pretende continuar a lutar por impostos mais altos para os ricos e uma grande reforma que permita que crianças de três a cinco anos tenham acesso à educação gratuita, além de diminuir os altos custos que os norte-americanos pagam pela faculdade.