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Banco de Inglaterra mantém juros a 5,25%

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O Banco de Inglaterra decidiu esta quinta-feira manter as taxas de juros no atual nível de 5,25%, como esperavam os analistas, pelo quarto mês consecutivo.

O Comité de Política Monetária do organismo aprovou a medida por seis contra três e dois dos membros que votaram contra previram aumentar as taxas em um quarto de ponto, contra as expectativas do mercado.

A grande novidade da reunião de hoje foi que, pela primeira vez desde o início da pandemia em 2020, um membro do comité votou a favor da descida das taxas, que se encontram no nível mais elevado dos últimos 16 anos.

Embora a inflação tenha abrandado fortemente para 4% em dezembro, depois de ter ultrapassado os 11% apenas um ano antes, as autoridades monetárias consideraram que ainda persistem pressões, especialmente ligadas aos salários, que tornam aconselhável não proceder a uma redução das taxas.

“Decidimos manter as taxas de juro em 5,25%. Temos tido boas notícias sobre a inflação nos últimos meses”, afirmou o governador da instituição, Andrew Bailey.

No entanto, avisou que o banco emissor vai esperar por mais provas de que a inflação está a aproximar-se do objetivo das autoridades monetárias de 2% antes de reduzir mais as taxas.

A este respeito, as atas do comité indicam que a inflação atingirá “temporariamente” o objetivo de 2% no segundo trimestre deste ano, antes de recuperar nos trimestres seguintes de 2024.

Depois disso, a inflação só regressará ao nível de 2% no último trimestre de 2026, um ano mais tarde do que o previsto anteriormente pelo próprio banco, o que aponta para a persistência da subida dos preços.

A estimativa coloca a inflação em 2,75% no final deste ano, 2,3% daqui a dois anos e 1,9% daqui a três anos.

O comité teve em conta que o crescimento económico mundial desde a sua última reunião se manteve “moderado” e que as pressões inflacionistas na zona euro e nos Estados Unidos diminuíram, graças, em grande parte, aos preços da energia.

No entanto, adverte que continuam a existir “riscos materiais” decorrentes da situação no Médio Oriente e das perturbações no transporte marítimo no mar Vermelho devido ao assédio das milícias Huthi do Iémen aos navios mercantes.

Prevê também que o desemprego no Reino Unido aumente ligeiramente nos próximos meses em resultado das medidas adotadas.

A próxima reunião de política monetária do Banco de Inglaterra realiza-se em 21 de março.

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