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Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos: não deixaremos ninguém para trás

Portugal encontra-se perante um dos maiores desafios da sua história recente, colocando no terreno todos os esforços para prevenir um aumento dos casos de “Covid19” mas preparando-se igualmente para a possibilidade de que esses esforços nem sempre alcancem os resultados que tanto desejaríamos.

A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos envia hoje uma mensagem de encorajamento e de esperança a todos os profissionais de saúde, independentemente do contexto onde se encontrem. São verdadeiros heróis nesta pandemia e confiamos de forma absoluta na sua capacidade de desempenho, mesmo nestas difíceis circunstancias.

Nesta época de rápidas mudanças, que afetam com maior expressão o Serviço Nacional de Saúde, é importante assegurar que os profissionais de saúde estejam devidamente protegidos e se encontrem onde são mais necessários.

Importa ainda realçar que os Cuidados Paliativos são uma componente essencial desta “linha da frente”, face ao sofrimento causado a tantos doentes e famílias.

Entre as mais diversas intervenções, os Cuidados Paliativos podem marcar a diferença na abordagem aos sintomas físicos, como a falta de ar; na prevenção e redução dos problemas clínicos, como por exemplo em contexto comunitário ou Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas – onde as equipas comunitárias de suporte em Cuidados Paliativos são tão importantes. Podem ajudar também a que as pessoas mais vulneráveis não recorram aos serviços de urgência e a internamentos evitáveis. Podem ajudar as famílias a lidar com várias situações de sofrimento decorrente da exposição à doença grave e à terminalidade. Sabemos que o luto nestas circunstancias será um período difícil, que deve ser devidamente apoiado, e isso também faz parte das nossas competências.

Duarte Soares, Médico e Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos “encoraja os profissionais de Cuidados Paliativos a serem proativos, mostrando-se como um pilar fundamental das nossas instituições de saúde e da comunidade. Reiteramos hoje – como no passado – que a prestação de Cuidados Paliativos é um direito humano elementar, sobretudo em situações de crise humanitária como a que vivemos”.

“Entendemos também que os profissionais de Cuidados Paliativos devem colaborar nas decisões éticas difíceis, apoiando os profissionais de medicina de urgência ou cuidados intensivos” reforça Duarte Soares.

A APCP renova a total disponibilidade de trabalhar junto das entidades públicas, do sector social e privado, para apoiar os serviços de “agudos”, abordando as necessidades paliativas de uma forma mais alargada, particularmente na transição para os cuidados de fim de vida.

Colaboraremos decisivamente para promover o apoio psicológico, emocional e social a doentes, melhorando o bem-estar de famílias, cuidadores e profissionais durante e após esta pandemia.

“Existem fortes motivos para confiar nos profissionais de Cuidados Paliativos no país, agora e no futuro. Não deixaremos ninguém para trás” conclui o médico e presidente da APCP.

 

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