Bangladesh: Papa esteve em igreja construída por portugueses
O Papa visitou no Bangladesh a antiga igreja do Santo Rosário, construída pelos missionários portugueses em 1677, que é utilizada atualmente como Capela de Adoração Perpétua, e o cemitério paroquial, onde recordou os religiosos falecidos.
Francisco rezou em silêncio e acendeu uma vela.
O discurso oficial que foi entregue aos membros do clero e institutos religiosos do Bangladesh evoca “os missionários dedicados e fiéis que plantaram e cuidaram deste grão de fé durante quase cinco séculos”.
O Papa foi acolhido na igreja do Santo Rosário pelo bispo de Dinajpur, D. Sebastian Tudu, e pelas superioras do instituto responsável pelo orfanato que a Igreja Católica dirige, junto ao templo, no bairro de Tejgaon.
À espera de Francisco estavam cerca de 200 crianças órfãs e algumas religiosas que os assistem; o Papa abençoou as crianças, sem proferir discursos.
O Cristianismo chegou ao Bangladesh em 1518 pela mão de comerciantes portugueses que se instalaram em Chittagong, tendo este território ficado confiado à Diocese de Cochim e Goa.
Foi em Tejgaon que, em 1580, os agostinhos obtiveram autorização do governador imperial para a construção de uma igreja para os comerciantes portugueses.
Em 1598 chegaram ao país os dois primeiros missionários jesuítas, Franciesco Fernandes e Domingos de Sousa; o primeiro foi torturado e morto a 14 de novembro de 1602.
Em 2001, o então patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, esteve em Daca para a cerimónia de reabertura da igreja do Santo Rosário.
A primeira catedral instituída no Bangladesh acolhe as lápides dos missionários portugueses.