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25 de Abril não é a festa da florzinha

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Anda por aí uma vaga de despolitização do 25 de Abril nestas múltiplas (felizmente) celebrações dos 50 anos, quer no país, quer fora, que me parece preocupante.

O 25 de Abril não é a festa da florzinha, o cravo deve ser visto como um símbolo de luta, resistência, liberdade, de vontade popular, democrática e não como um símbolo do “peace and love” (não incluo aqui o amor revolucionário😉).

A narrativa da “revolução fofinha” participa disto. Uma revolução não é fruto, nem de um dia, nem dois, nem três, é uma fase crucial de um processo longo e que neste caso não começa, nem acaba no 25 de Abril de 74. O que se morreu e matou para ali chegar.

E, o que ainda falta conquistar, e nem falo nos retrocessos à vista com a facharia a aquecer as cadeirinhas da AR.

E, as canções de protesto, de intervenção do pessoal da luta não são para serem cantaroladas como se fossem clássicos da Disney ou de acampamentos de escuteiros.

Bora lá acordar, malta!

Luísa Semedo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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