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Miguel Gomes homenageia Manoel de Oliveira em Cannes

No discurso em que apresentou o terceiro elemento da sua trilogia “As mil e uma noites”, o cineasta português deixou uma dedicatória ao mestre Manoel de Oliveira. “Queria dedicar este filme a um grande realizador português que morreu este ano, Manoel de Oliveira”.

A reação da plateia que assistia à projeção do último filme da trilogia foi imediata: uma enorme salva de palmas em memória de Manoel de Oliveira. Os aplausos viriam a repetir-se ainda com mais intensidade no final do filme. A tão esperada terceira parte de “As mil e uma noites” foi aplaudida de pé por alguns dos presentes.

Miguel Gomes relembrou no início da projeção que este filme era sobre Portugal e a austeridade, com base numa adaptação livre das “Mil e uma noites”.

A terceira tirada do filme de Gomes começa com momentos divertidos e dramáticos que se misturam ao contar as dificuldades de Xerazade com o seu marido e as fugas da jovem que se sente infeliz. Depois o filme transforma-se quase num documentário sobre os criadores de tentilhões da zona de Lisboa, tendo Miguel Gomes acompanhado uma série de amantes daqueles pássaros que os ensinam a cantar, levando-os mesmo a participar em concursos.

A Quinzena dos Realizadores, secção paralela do festival de cinema de Cannes, termina no fim-de-semana com a entrega dos prémios, e Miguel Gomes deverá estar entre os favoritos a um galardão. Contudo, o BOM DIA soube que o realizador regressa a Lisboa já na quinta-feira, o que pode significar que não estará em Cannes quase seja premiado.

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