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Freguesia de Viana ensina a luso-descendentes as tradições da terra

A freguesia de Alvarães, Viana do Castelo, fortemente atingida pela emigração, criou este ano um programa de ocupação de tempo livres para luso-descentes, como forma de preservar a língua e tradições locais e “manter a ligação à terra natal”.

“Nos últimos anos, temos sido muito atingidos pela emigração. Gostaríamos que os filhos desses nossos conterrâneos não perdessem o contacto com a terra natal e, nesse sentido, as atividades que vamos promover são sobretudo focadas na linguagem e nos usos e costumes da nossa terra”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Junta de Alvarães, Fernando Martins.

O autarca, também ele ex-emigrante em França, disse que a ideia surgiu depois ter recebido “várias solicitações” de conterrâneos que tiveram de emigrar, mas que “não querem que os filhos percam a ligação à freguesia”.

“O objetivo é que estas crianças continuem a falar português com regularidade, e nunca esqueçam as raízes”, explicou.

Os tempos livres iniciados este ano naquela freguesia da margem esquerda do rio Lima, são dirigidos a crianças com idades entre os 7 e os 13 anos. Incluem o intercâmbio com idosos, a aprendizagem de tradições da freguesia, como os andores floridos que são o ex-libris das festas da vila, jogos tradicionais, canções populares, culinária e visitas à cidade de Viana do Castelo.

O programa, apoiado pela Câmara Municipal, prevê visitas a vários monumentos da cidade, “permitindo uma nova descoberta aos filhos dos nossos emigrantes”.

“É uma primeira experiência. Esperamos que tenha resultados positivos para podermos continuar com esta iniciativa”, afirmou Fernando Martins.

Os tempos livres, que começaram no final do mês junho e terminam no dia 24 de julho destinam-se também às crianças que residem na freguesia, num total de 85, “permitindo o intercâmbio e o convívio entre quem ficou e quem teve que partir”.

 

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