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Luxemburgo

Conselheiros preocupados com ensino de português apelam ao recenseamento

Os dois conselheiros das comunidades portuguesas eleitos pelo Luxemburgo, Custódio Portásio e Rogério Oliveira, apelam ao recenseamento dos portugueses para participarem nas eleições autárquicas que se aproximam.

Oliviera e Portásio, em comunicado enviado às redações, fazem a ligação entre os problemas que se vivem atualmente no Luxemburgo com o final de cursos integrados com a falta de participação eleitoral dos portugueses. “A decisão da Câmara Municipal de Esch-sur-Alzette, tomada no corrente ano lectivo, de suspender a oferta de Português em regime Integrado surpreendeu alunos, encarregados de educação, professores e população em geral”, pode ler-se, lamentando os conselheiros que esta situação afetará 550 alunos e oito professores.

Os dois conselheiros eleitos no Luxemburgo recordam que “esta decisão, de suspender a oferta de ensino integrado, não é inédita e acusam, entre outros, a Coordenação de Ensino de Português porque, afirma, “não podemos ignorar a previsibilidade da decisão se tivermos em conta que alguns diretores de escola foram avisando de que esta possibilidade estava a ser equacionada e que a comunicação entre a Coordenação de Ensino, as Escolas e a Comissão Escolar estava a ser deficiente”.

Oliveira e Portásio dizem aguardar o anunciado acordo entre Luxemburgo e Portugal que o primeiro-ministro António Costa deverá firmar em abril, no Grão-Ducado, mas questionam-se sobre as se a suspensão do ensino integrado ter sido unânime por parte dos diretores das escolas de Esch-sur-Alzette, se a Coordenação não deveria ter lançado uma ronda negocial suplementar, e se os professores terão sido ouvidos nesta tomada de decisões.

Os conselheiros temem ainda que a decisão da autarquia de Esch-sur-Alzette tenha impacto no sustentabilidades o ensino integrado no Luxemburgo e qual será o impacto “previsivelmente negativo na possível diminuição do número de alunos e no prolongamento do horário da criança fora do horário letivo”.

“Só em Esch-sur Alzette, poder-se-à estimar uma perda de um terço dos alunos, ou seja, de quase 200 alunos, representando menos dois horários completos de dois professor da Rede do Ensino de Português no Estrangeiro”, queixam-se os conselheiros que solicitam que seja divulgado “o conteúdo do novo acordo sobre o Ensino de Português no Luxemburgo e a data prevista para a assinatura do mesmo”. Rogério Oliveira e Custódio Portásio acham que “mais do que pretender aproveitar a visita oficial do Primeiro-Ministro de Portugal ao Luxemburgo para assinar o novo convénio, seria mais razoável dar tempo para se conhecer os termos do mesmo e, em caso de necessidade, tentar ter alguma margem negocial e só depois proceder à assinatura do mesmo”.

Os dois conselheiros apelam à mobilização dos encarregados de educação e da população em geral para inscreverem os filhos nos cursos de Língua e Cultura Portuguesas paralelos ou integrados e que se recenseiem para “para votar, pois as decisões sobre o ensino são uma competência das Câmaras Municipais (comunas), cujas eleições decorrem este ano a 8 de outubro, podendo as inscrições nos cadernos eleitorais serem feitas na sua área de residência até 13 de julho: www.eupossovotar.lu.

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