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Visita pascal voltou às terras portuguesas sem limitações depois da pandemia

A tradicional visita pascal, o “Compasso”, com que se anuncia a ressurreição de Jesus nas ruas e casas de muitas localidades portuguesas, regressou este domingo, sem quaisquer limitações, após anos marcados pela pandemia de covid-19.

O padre José Miguel Ferreira, pároco de São Gonçalo de Amarante, refere à Agência ECCLESIA que, logo de manhã, após a Missa neste Domingo de Páscoa, “tocaram os sinos, as campainhas”, celebrando uma mensagem que “deve chegar a todos”.

“Homens e mulheres, jovens e crianças, vestem as suas opas e preparam-se para a visita pascal. A banda de música aparece e começa o percurso pelas ruas, celebrando um Deus que quer entrar nas nossas casas”, explica.

O sacerdote da Diocese do Porto fala num momento de “alegria, esperança, comunhão”.

“Depois da morte, Deus chama-nos à vida, constantemente à vida”, observa.

O padre José Manuel Ferreira assume que esta manhã de Páscoa é vivida “intensamente” na cidade de Amarante, com a cruz, a música, as campainhas e a água que é aspergida nas casas.

Este anúncio envolve quase 20 equipas, cerca de 100 pessoas, numa iniciativa que decorre entre domingo e segunda-feira, passando pelas ruas de Amarante e das paróquias de Cepelos, Madalena e São Veríssimo, das quais o sacerdote também é pároco.

“É uma grande alegria, de encontro familiar, de grande ternura”, sustenta.

Apesar da ausência de limitações, o entrevistado explica que se mantém a recomendação de desinfeção, após o habitual beijo ao crucifixo.

As flores decoram o espaço exterior e também o interior das casas, onde uma mesa posta recebe as equipas, para um momento de oração e convívio.

Após a Vigília Pascal da última noite, com o “grande anúncio” da ressurreição de Jesus, a comunidade católica sente a necessidade de partilhar essa alegria, assumindo o rosto de uma “Igreja em saída” e “sinodal”.

“Somos enviados, porque Cristo está connosco e para que, através do nosso testemunho e anúncio, possa estar presente no meio de todos os homens”, acrescenta o padre José Manuel Ferreira.

O pároco fala num dia de “grande alegria” para os cristãos, que se segue à Semana Santa, na qual os cristãos evocaram os momentos da prisão, julgamento, condenação à morte e execução de Jesus.

A Páscoa assinala a ressurreição de Jesus e é a festa mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica.

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