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Viagens de um solteiro: o telemóvel e o carrinho de bebé

Estava com uma colega no País de Gales, Cardiff com mais precisão. Tivemos uma conferência internacional sobre a família. O dia estava ensolarado, lindo. Depois da recepção de boas-vindas da conferência, decidimos fazer um pouco de turismo. Tínhamos ouvido que a melhor parte era uma pequena aldeia piscatória, a algumas milhas de distância. Não tínhamos carro.

Então decidimos apanhar o autocarro local. Não havia muitas pessoas. Estávamos entusiasmadas. Participar numa importante conferência com pessoas de toda a parte. Um lindo dia ensolarado. E algum tempo para experimentar um pouco da cultura local.

Sentámo-nos na parte de trás do autocarro. O autocarro estava limpo e novo. De repente, começámos as duas a olhar para um menino pequeno sentado num carrinho de bebé. Era tão fofo. Pequeno e calmo. Então olhámos para a mãe. Parecia não lhe prestar atenção nenhuma. Estava a falar ao telemóvel. Falava inglês. Falava alto e ria-se. O menino olhava para ela. Quando é que termina o telefonema?, devia ele estar a pensar.

O autocarro passava por pequenas aldeias. Mais e mais pessoas entraram. Mas havia espaço. Os lugares sentados começaram a faltar. Começámos a pensar, temos de nos levantar se mais pessoas entram. São mais velhos e nós ainda temos energia. Mesmo que estejamos cansadas ​​da nossa viagem. Este não foi o caso. Ficámos sentados na parte de trás do autocarro.

Íamos a falar sobre a sorte da nossa profissão. Quão sortudas éramos em ser colegas. Como ia ser no regresso a casa a nossa descrição do País de Gales. Quanta confiança os nossos chefes tinham em nós. Alguns nervos, é claro, tínhamos. Éramos jovens e representávamos internacionalmente um grande grupo de investigação. E se os especialistas nos fizerem perguntas difíceis.

Antes de partir o nosso chefe disse-nos, o que não souberem, tomam nota. Podemos depois discutir e escrever de volta aos colegas interessados. Não se preocupem, tudo dará certo. E vocês está tão por dentro do projecto. Saberão descrever e explicar da melhor maneira.

De repente, o motorista do autocarro teve que virar de forma brusca para a direita. Olhámo-nos assustadas. Não sabíamos se rir, chorar ou gritar. A criança que tínhamos estado a observar estava no chão. O seu pequeno carrinho de bebé também tinha girado. E a mãe continuava ao telemóvel. O menino estava a chorar. Começou a gritar. E não havia desculpas. Nenhuma pergunta “como te sentes?”. Não “Não é nada, querido, tudo ficará bem”. O menino chorou, a mãe riu. Que situação paradoxal. Que situação nervosa para nós.

Devemos interferir? Devemos olhar pela janela? Vemos então a mãe de pé a tocar no botão da paragem e a sair com o carrinho de bebé, continuando a falar e rir ao telemóvel. Que situação!

A viagem de autocarro continuou. Começámos a ficar cansadas. Queríamos chegar. Quando de repente tivemos a segunda cena maluca. Um senhor de idade, de pijama. No meio do autocarro, fala alto e tira a placa dos dentes. Que autocarro surreal!

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