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Venezuela: cônsul pede aos emigrantes que evitem marcações por agências

As autoridades portuguesas na Venezuela lançaram um apelo à comunidade lusa para que não recorra a “agências” para tratar dos seus documentos.

O apelo foi feito pelo cônsul-geral de Portugal em Caracas, Licínio Bingre do Amaral, e acontece numa altura em que há queixas sobre dificuldades para fazer marcações online, com utilizadores das redes sociais a oferecem-se para facilitar o processo.

“Nas marcações não se deixem levar por algumas pessoas, através das agências, que prometem muita coisa, as pessoas pagam, e depois é exatamente o mesmo que as pessoas poderiam fazer”, frisou.

Licínio Bingre do Amaral falava à Agência Lusa, quarta-feira, à margem de uma permanência consular em El Junquito (35 quilómetros a sul de Caracas), a primeira nessa localidade, desde que o início da pandemia local da covid-19, em março de 2020, e à qual acederam perto de 300 portugueses.

“Que contactem o Consulado quando precisarem, que estejam atentos e insistam” disse.

O diplomata frisou que “há vagas sempre abertas” e precisou que antes da pandemia da covid-19 atendiam em média “600 e tal pessoas por dia” mas que devido ao distanciamento social da pandemia as autoridades atenderam muito menos.

“Têm que ir tentando, variando as horas porque nós abrimos as vagas semanalmente”, disse, precisando que a 11 de junho “vai abrir mais um conjunto de vagas para a semana subsequente”.

“O Consulado não fechou. Atendemos todos os dias e este mês vamos atender também aos sábados, só para entregar documentos de identidade, Cartões de Cidadão e passaportes”, disse.

Sobre as permanências consulares, explicou que decorreram recentemente nas cidades venezuelanas de Barcelona e Puerto Ordáz, na ilha de Margarita. Também na Aruba e no Curaçau e que nos dias 08 e 09 de julho vão decorrer em Los Teques e La Guaira, a sul e norte de Caracas, respetivamente.

Quanto à afluência de utentes explicou que “os números são semelhantes” e que além de renovar o Cartão de Cidadão e o passaporte os portugueses podem pedir informações sobre assistência social e obtenção da nacionalidade.

Lamentou que algumas pessoas tenham dificuldades várias para acudir ao Consulado, entre elas as limitações e dificuldades locais no abastecimento de combustível.

Na fila, à espera para ser atendida, esteve a luso-descendente Stefani do Nascimento, que acudiu ao lugar onde decorreria a permanência consular em El Junquito, pelas 06:00 horas locais (11:00 horas em Lisboa) para “pedir o passaporte português porque não sab se viajará no futuro.

Por outro lado, o madeirense, José Albino de Aguiar explicou que há dois meses que tenta fazer marcação pela Internet, “mas não há comunicação” e “a mensagem diz para tentar mais tarde e mais tarde”.

Natural da Quinta Grande, José Albino de Aguiar foi também averiguar se “há possibilidade de que venham vacinas” de Portugal porque tem 71 anos e não está vacinado contra a covid-19.

Daniel Rodrigues foi renovar o passaporte. Com saudade lembra que há “entre 15 e 18 anos” que viajou pela última vez a Portugal. Também que visitava os Canhas (Madeira) duas vezes por ano e desabafa que agora trabalha na fazenda, cultivando apenas coisas para casa.

Por outro lado, Omelina Fernandes, foi tentar fazer uma marcação para fazer uma procuração. À Agência Lusa explicou que o marido “faleceu e ficou sozinha”, por isso quer regressar a Portugal, mas tem dificuldades porque “agora ninguém compra nada” do que tem na Venezuela.

Venezuelana, mas casada com um português Flor Lugo, foi saber qual o estado do pedido de nacionalidade por matrimónio: “Cheguei muito cedo, antes das 07:00 horas e surpreenderam-me porque já está aprovado. Aproveitei e pedi o Bilhete de Identidade e o passaporte”, disse.

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