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Universidade de Trás-os-Montes quer crescer

O reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que hoje tomou posse, disse que a sua prioridade é “consolidar e fazer crescer a universidade”, fazendo dela “um ativo aberto sobretudo à região e ao mundo”.

“Acredito na consolidação e afirmação inequívoca de uma universidade em Trás-os-Montes e no Alto Douro”, afirmou Emídio Gomes.

O novo reitor assumiu também o “grande compromisso de envolver a região em torno da UTAD e fazer deste campus o melhor dos espaços que existem em Portugal para estudar, onde todos se sintam bem e todos se sintam incluídos”.

Emídio Gomes estudou na academia transmontana, ocupava desde 2017 o cargo de vice-reitor da UTAD para a Área de Investigação e Inovação e foi eleito em março pelo Conselho Geral da UTAD, localizada em Vila Real.

“Quero uma universidade sustentável e devidamente sustentada, aberta ao mundo e à mudança, responsável, inclusiva e integradora, através do crescimento participado e articulado com toda a comunidade académica e com o envolvimento da comunidade territorial”, afirmou no seu discurso de tomada de posse.

Disse ainda que a “relação da UTAD com a região de Trás-os-Montes e Alto Douro é uma prioridade incontornável” e que a “academia tem obrigação de se abrir à sociedade, às comunidades e às empresas e tornar-se um acelerador do crescimento, contribuindo para o desenvolvimento global, sem descurar o impacto e a importância local e regional”.

“Queremos que a UTAD seja um portal de afirmação do território: que leve a região ao mundo e, ao mesmo tempo, traga também muito para a região, seja conhecimento, desenvolvimento, reconhecimento ou investimento”, frisou.

Depois de realçar que o espaço estudante, a instalar no núcleo histórico central do campus, vai ser “um dos marcos” do seu mandato, quis assegurar que “nenhum aluno abandona a universidade por falta de meios económicos”.

“É importante reforçar os apoios diretos, os programas de mentoria e a ação do Observatório Permanente do Abandono e da Promoção do Sucesso Escolar, envolvendo a Associação Académica (AAUTAD) na sua identificação, monitorização e acompanhamento. Temos como imperativo o investimento em residências universitárias, com a criação de novas unidades e a requalificação das existentes. Vamos aumentar o número de camas, para suportar o crescimento de ingressos e criar condições dignas nas instalações atuais”, referiu.

Emídio Gomes apontou ainda que “o abismo demográfico para onde o país caminha, que será ainda mais profundo nas regiões do interior, reforça a urgência de reformas políticas e de novas estratégias que permitam reformular o processo de captação de alunos”.

“A abertura da UTAD ao mundo é decisiva para a sua sobrevivência a prazo. Uma universidade que apenas se renova dentro de si própria entrará num plano inclinado irreversível”, acrescentou.

Do Governo, Emídio Gomes disse esperar que “ao desígnio político da aposta no desenvolvimento do território nacional como um todo, corresponda o apoio concreto na recuperação e valorização das áreas geográficas do interior”.

Nesse sentido, referiu que a presença da ministra da Coesão Territorial na cerimónia, “representa um enorme alento e um fator de esperança”.

Para além de Ana Abrunhosa, também marcou presença na tomada de posse a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira.

Na plateia estava ainda o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

“Os modelos de financiamento devem poder permitir às instituições do ensino superior adequar as suas estratégias de desenvolvimento aos recursos disponíveis, com a previsibilidade que o planeamento adequado exige. Há duas componentes da receita que não dependem do reitor ou da estratégia: o Orçamento de Estado e as propinas, ambos fixados de forma unilateral por parte do Estado”, indicou Emídio Gomes.

Nesta matéria, acrescentou que espera, “sobretudo, bom senso e a manutenção de compromissos publicamente assumidos e assinados”.

“Seria impensável uma distribuição do Orçamento de Estado para as instituições de ensino superior através de fórmulas, em que o único fator regulado superiormente é o número de vagas de entradas em 1.º ciclo. Tal prática poderia causar danos irreparáveis à política de coesão, alicerçada em instituições como a UTAD”, defendeu.

A nova equipa reitoral é composta por quatro vice-reitores e oito pró-reitores.

Emídio Gomes assume o cargo até hoje ocupado por António Fontainhas Fernandes, que esteve à frente da UTAD durante dois mandatos (2013-2021).

 

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