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Um milhão para criar o museu Salgueiro Maia

O Governo português autorizou a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) a reprogramar os encargos referentes à instalação da Casa da Cidadania Salgueiro Maia, em Castelo de Vide (Portalegre), num valor superior a 976 mil euros.

Através de uma portaria publicada hoje em Diário da República (DR), a secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, e a secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Carvalho Ferreira, autorizaram a reprogramação dos encargos no “montante total de 976.465” euros.

“Fica a DRCA autorizada a proceder à reprogramação dos encargos relativos à instalação da Casa da Cidadania Salgueiro Maia, em Castelo de Vide, no montante total de (euro) 976.465, com IVA incluído, na condição de ter financiamento europeu com candidatura aprovada e financiamento máximo nacional de (euro) 244.116,25, não devendo a comparticipação pública nacional ultrapassar uma taxa média de 25% do contrato”, pode ler-se no documento.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, explicou que este valor agora autorizado pelo Governo é referente ao custo “de uma fase” do projeto, nomeadamente no que diz respeito à componente museológica.

“Esta portaria revela o custo de uma fase do museu, composto por várias fases, diferentes adjudicações e, esta adjudicação, é só para a parte museológica, para o edifício mãe”, disse.

António Pita, que indicou que o projeto na globalidade conta com um investimento que “ronda os 3,5 milhões de euros”, assumiu ainda que a contrapartida nacional será assegurada pelo município.

A Casa da Cidadania Salgueiro Maia, que está a ser construída no castelo da vila, é um núcleo museológico que homenageia o capitão de Abril, devendo ser inaugurada, segundo o autarca, a 1 de julho.

Salgueiro Maia, natural de Castelo de Vide, expressou duas vontades em testamento, uma foi ser sepultado naquela vila, em campa rasa, e a outra foi deixar o seu espólio ao município para que fosse objeto de musealização.

Entre as peças que fazem parte do espólio a instalar no núcleo museológico figura o conhecido megafone com que, em 25 de Abril de 1974, no Largo do Carmo, em Lisboa, o então capitão intimou Marcelo Caetano a render-se e a entregar o poder às forças da democracia.

O espaço museológico vai também exibir o uniforme e o ‘quico’ que Salgueiro Maia envergava nesse dia, entre outros uniformes, divisas, flâmulas, estandartes e pendões, insígnias, diplomas e louvores, documentos militares e fichas escolares pertencentes ao militar.

A Casa da Cidadania Salgueiro Maia vai acolher ainda uma área com cartazes, fotografias e uma coleção de miniaturas de carros de combate, a especialidade de Salgueiro Maia como oficial de Cavalaria e a sua grande paixão profissional.

 

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