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UE e NATO criam “task force” em nome da democracia

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A presidente da Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira a criação de uma ‘task force’ conjunta com a NATO para avaliar a debilidade das infraestruturas críticas e melhorar a sua resiliência contra adversários que são uma crescente “ameaça às democracias”.

“Hoje vamos lançar uma ‘task force’ entre a União Europeia [UE] e a NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] para a resiliência das infraestruturas críticas”, anunciou Ursula von der Leyen, no arranque de uma discussão sobre defesa e segurança na College of European Commissioners, em Bruxelas.

A presidente da Comissão Europeia explicou que esta ‘task force’ conjunta vai ser “composta por especialistas da NATO e da UE e vai trabalhar para identificar ameaças cruciais às infraestruturas críticas, olhar para as vulnerabilidades estratégicas que têm e desenvolver princípios-chave para melhorar a sua resiliência”.

Ursula von der Leyen especificou que a ‘task force’ vai olhar para quatro pilares: transportes, energia, digital e espaço.

Os Estados-membros da UE e os países que integram a aliança militar receberão as conclusões assim que estiverem feitas as avaliações.

“Assistimos à sabotagem do gasoduto Nord Stream, precisamos de estar preparados para enfrentar este novo tipo de ameaça”, sustentou von der Leyen, ladeada pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

Este tipo de ameaça é resultado de uma “competição geopolítica crescente”, completou a presidente da Comissão Europeia: “Os nossos adversários estão a utilizar todas a ferramentas possíveis para nos desafiar e debilitar a nossa segurança. São uma ameaça à nossa transparência e às nossas democracias.”

Ursula von der Leyen não referiu no seu discurso a Rússia ou a China, identificadas na terça-feira como principais adversários da UE e da NATO na assinatura de uma declaração conjunta, a terceira.

Jens Stoltenberg insistiu na ideia que está a querer cimentar junto dos Estados-membros da UE e dos países que integram a NATO: a parceria entre as duas organizações “é mais importante do que nunca”.

Depois de fazer um apelo a países como a França ou a Alemanha para que continuem o apoio à Ucrânia contra a invasão russa, o secretário-geral da aliança militar concordou com von der Leyen na necessidade de reforçar as infraestruturas críticas, que são “uma parte crucial” das democracias ocidentais.

“Queremos perceber em conjunto como vamos fazer com que as nossas tecnologias de infraestruturas sejam mais resilientes”, completou.

“Resiliência” foi a palavra mais utilizada nas breves intervenções que os dois líderes fizeram no arranque de um seminário para debater, justamente, a defesa e segurança europeias.

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