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Tréguas — mas quando?

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Por agora vamos fazer uma pausa ou tréguas 
Matamos mutuamente nossas famílias e nossas crianças 
Perdoem por destruir vossas aldeias e cidades
Recebemos ordens para matar a quem não conhecemos.

Tudo a mando de pessoas que mutuamente se odeiam
E nos disseram que Deus também nos apoiaria
Mas percebemos que Deus não estava conosco
E como afinal é fácil agir com há tanta euforia.

Mas sempre se deu um aspecto religioso às guerras
Como no mundo antigo dava-se um aspecto religioso
E era um proceder antigo para os dois lados se justificar
E empurrar para Deus a responsabilidade das guerras.

Ensinaram que a guerra é sagrada e o guerreiro
No passado as nações tinham também seus deuses
Como os gregos tinham seu deus de guerra Ares
Também os romanos tinham seu deus Marte.

Eles atribuíram aos seus deuses as suas vitórias 
Mas antes os consultavam e também os adoravam
Os soldados romanos consideravam as insígnias glórias 
Como um pendão sagrado quando outros matavam.

Os tratados e orações pela paz não é algo novo
Os tratados eram chamados tréguas santas
Mas paz com quem? Com o inimigo, ou o povo
Mas nada de bom resultou as páginas  tantas…

Tréguas- mas quando?“ Paz, paz,“ quando não há paz
Felizes os pacíficos. Pois não há paz nos pacificadores 
Pois pacificadores se matam sem nunca se conhecerem 
Tudo a mando dos que se odeiam mutuamente…

José Valgode

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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