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Trabalhadores no ativo com mais de 65 anos quase duplicaram em 10 anos

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O número de trabalhadores no ativo com +65 anos aumentou 88% nos últimos 10 anos.

A instabilidade económica e o aumento da inflação estão a levar um crescente número de trabalhadores a adiar o pedido da reforma. Uma tendência que se deverá acentuar nos próximos anos.

Entre 2012 e 2022, o número de trabalhadores com +65 anos que se mantiveram em funções aumentou 88%. Este grupo que representa menos de 5% do total da população empregada no país, foi a que registou maior crescimento na última década.

Assiste-se presentemente a um adiamento voluntário da idade da reforma por motivos económicos.

Os indicadores do INE mostram que ao longo da última década o aumento da população empregada – que em 2022 atingiu o máximo histórico de 4.9 milhões – foi sustentado pelo aumento de trabalhadores nos escalões acima dos 35 anos mas, sobretudo, nos dois escalões mais seniores, o dos 55 aos 64 anos e o dos +65 anos. Estes dois grupos, entre 2012 e 2022, tiveram um aumento de 80,4% e 88%, respetivamente, no número de trabalhadores empregados.

A presença de trabalhadores com +65 anos no mercado de trabalho nacional estava em queda desde 2011 e atingiu o seu valor mínimo de 2014. Desde 2015 e até ao final do ano passado, o número de seniores empregados cresceu 79%, dos quais 30% desde o início da pandemia.

Há diversos fenómenos que podem explicar esta mudança, nomeadamente o cenário de instabilidade e incerteza económica vivido nos últimos anos, causados pela pandemia e depois pela guerra na Ucrânia e a escalada da inflação, o que tem levado muitos profissionais a adiar o pedido da reforma.

Convém ter presente que o número de novas pensões processadas tem estado em queda nos últimos anos, e se por um lado é preciso considerar o impacto das alterações legislativas implementadas desde 2012, por outro, não há dúvida de que a perda de rendimento decorrente da reforma leva muitos profissionais a adiar a decisão.

O prolongamento da idade ativa é uma tendência, que com a redução do valor das pensões, se vai acentuar. Em dezembro 2021, antes da escalada da inflação, o valor médio da pensão de velhice do regime geral era de 508,63 €/ mês.

Jorge M. Fonseca*

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