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TAP: PSD exige esclarecimentos urgentes ao primeiro-ministro

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O presidente do PSD exigiu ao primeiro-ministro que preste esclarecimentos urgentes sobre os desenvolvimentos na comissão de inquérito à TAP, e considerou que os ministros das Finanças, Infraestruturas e Assuntos Parlamentares estão “moribundos e diminuídos politicamente”.

“Os portugueses merecem e exigem com urgência uma posição pública do primeiro-ministro face a estes acontecimentos na TAP”, afirmou Luís Montenegro, numa declaração na sede do PSD, no Porto.

Para, logo de seguida, questionar: “de que tem medo doutor António Costa para prestar esses esclarecimentos ao país?”.

O líder do PSD vincou que António Costa tem obrigação de dar explicações ao país porque governar é assumir responsabilidades e não sacudi-las para outros.

“Doutor António Costa não se esconda atrás dos 50 assessores e especialistas de comunicação que lhe dizem para nunca falar da TAP”, pediu Montenegro.

Reiterando que a função do Governo é responder pelas suas ações, o social-democrata considerou que o executivo de António Costa está “infestado de ministros diminuídos politicamente”, referindo-se aos ministros das Finanças, Infraestruturas e Assuntos Parlamentares, o que é mau para o país. 

Contudo, e apesar da insistência dos jornalistas, Luís Montenegro nunca pediu a sua demissão, frisando que quem tem de decidir pela sua permanência e condições do exercício dos lugares é o primeiro-ministro.

“Eu não me vou substituir ao primeiro-ministro, mas quando eu o substituir aquilo que vai acontecer é que eu não serei complacente com comportamentos iguais àqueles que, neste momento, estes ministros têm evidenciado”, salientou.

Quanto ao ministro das Finanças, Fernando Medina, o presidente do PSD considerou que o mesmo está cada vez mais diminuído porque na sua órbita acontecem coisas que ele diz não saber, não conhecer e não dominar. 

“Não é crível que isto suceda”, entendeu. 

Já quanto aos ministros das Infraestruturas, João Galamba, e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, o social-democrata classificou-os de “moribundos nas teias da promiscuidade e confusão” entre o Estado e o PS, aludindo a uma reunião, mantida em 17 de janeiro, na véspera de Christine Ourmières-Widener ir ao parlamento prestar esclarecimentos sobre a demissão da ex-administradora Alexandra Reis, na qual terão estado presentes deputados do PS, assessores e chefes de gabinete de membros do Governo.

A iniciativa dessa reunião em causa partiu, de acordo com a CEO, do gabinete do ministro das Infraestruturas, que, na altura, já era João Galamba.

“Os ministros das Infraestruturas e dos Assuntos Parlamentares tiveram um comportamento que, do ponto de vista democrático, é inaceitável”, sustentou. 

E acrescentou: “que haja entendimento entre os membros do governo e a bancada do PS é normal, que haja condicionamento da presidente de uma empresa pública é manifestamente abusivo”. 

De forma resumido, Luís Montenegro referiu que “mentira, logro, indecência, displicência, promiscuidade e desonestidade” são tudo características do comportamento do Governo neste dossiê.

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