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Sucesso, pobreza, solidão. Há de tudo entre os portugueses na África do Sul

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O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas enalteceu esta segunda-feira o papel dos portugueses no desenvolvimento da África do Sul, apontando as dificuldades ao nível da pobreza e sobretudo da solidão que atinge alguns portugueses neste país.

No último dia de uma visita oficial à África do Sul, José Cesário disse à agência Lusa que a maior comunidade portuguesa em África continua com “um nível de integração na sociedade sul-africana muito assinalável”.

“Do ponto de vista económico, tem sido determinante para a África do Sul, mas é também uma comunidade com problemas, questões sérias do ponto de vista da pobreza e, sobretudo, ao nível da solidão dos mais velhos”, adiantou.

Segundo José Cesário, que visitou Pretória, Joanesburgo e a Cidade do Cabo, apesar de esta comunidade ter muitos lusodescendentes, uma parte deles tem saído da África do Sul devido à crise económica, optando por outros países como Reino Unido, Austrália, América do Norte ou Europa.

Cesário disse ter identificado nesta comunidade uma necessidade de proximidade e por isso manteve vários contactos, no sentido de transmitir atenção, além de “identificar problemas e encontrar soluções para esses problemas”.

O governante referiu que estão em cursos vários programas de apoios e que alguns projetos na área do apoio consular também estão a ser desenvolvidos.

Hoje mesmo o Governo anunciou a aprovação da legislação que altera as condições de atribuição de apoios às ações do movimento associativo das comunidades portuguesas, com o objetivo de ajustar os mecanismos de apoio às associações portuguesas no estrangeiro e aos órgãos de comunicação social à realidade atual, simplificando os seus procedimentos.

Segundo José Cesário, o processo de credenciação e de candidatura aos apoios ficou mais fácil, além do valor da comparticipação, que passará dos 50% para os 80%.

“É um passo significativo a adaptação do quadro legislativo às realidades, pois o anterior era muito burocrático e pesado”, disse.

Questionado sobre o impacto de uma eventual queda do Governo, caso a moção de confiança que será votada terça-feira seja chumbada, Cesário disse que a mesma poderá significar que “alguns processos poderão sofrer atrasos”.

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