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Se eu partisse amanhã

Se eu morresse amanhã
Gostarias de passar o dia de hoje comigo?
Andaríamos de cá para lá
A aproveitar cada minuto que a vida nos dá
Sempre eu o teu amor, amante, ainda…melhor amigo?

Se amanhã eu tivesse de partir
Para uma distância que a tua vista não pudesse alcançar
Davas-me um último olhar, a sorrir
Para que eu pudesse enfrentar este mundo e o que há de vir,
Passarias a noite comigo para que eu te pudesse amar?

Se eu me fosse embora
Se partisse para nunca mais voltar
Será que o mundo pararia nessa mesma hora
Nem mais um dia, nem mais um romper da aurora
Como se o mundo perdesse a vontade de continuar

Se eu morresse amanhã
Despedaçar-te-ia o teu coração?
Chorarias por tudo o que a vida tira, quando dá
Como este amor entre nós, que mais forte não há
Recordarias com emoção, os fins de tarde em dias de Verão?

Recordarias aquele formigueiro na barriga
Ao mesmo tempo que as nossas faces coravam?
Era o amor que sempre teve tanto que se lhe diga
E dentro de nós… nem sequer uma formiga
Apenas dois corações que se amavam

Terá mesmo de partir algum de nós
Para que, o que fica, viver dias de arrependimento
Porque mais dia, menos dia, acabaremos sós
Chorando porque sentimos saudades de ouvir a voz
Do que partiu, deixando para trás, apenas sofrimento.

António Magalhães

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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