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Sampaio da Nóvoa: Inclusão da língua portuguesa na ONU é difícil

Apesar de uma larga comunidade falantes e um secretário-geral da ONU, a língua portuguesa não faz nem fará, segundo António Sampaio da Nóvoa, parte das línguas oficiais de trabalho da organização mundial num futuro próximo.

“[Em relação à língua portuguesa] Acredito que seja mais fácil fazer alguma coisa na UNESCO do que nas Nações Unidas. […] Obviamente, as seis línguas oficiais estão estabilizadas e é difícil abrir essa caixa, mas há outras maneiras”, assegurou o embaixador de Portugal na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em entrevista à agência Lusa.

As atuais línguas de trabalho na ONU e nas suas agências, das quais faz parte a UNESCO, são o árabe, o chinês, o inglês, o francês, o russo e o espanhol.

Mesmo sem avanços na possibilidade de tornar o português numa língua oficial, o perfil de Portugal dentro da organização depois da eleição de António Guterres tem vindo a mudar. Sobre o secretário-geral, Nóvoa considera que tem “intervenções corajosas e muito claras” e que “é um orgulho” ter um português nessas funções.

“É evidente o orgulho de que seja um português nessa função, como também António Vitorino na Organização Mundial das Migrações, e isso evidentemente que nos traz uma responsabilidade acrescida no sentido que temos de estar muito atentos ao que se passa nas Nações Unidas, às suas intervenções e inspirar-nos nesse movimento”, considerou ainda o antigo reitor da Universidade de Lisboa.

António Sampaio da Nóvoa foi nomeado há cerca de um ano pelo Presidente da República, após proposta do Governo, para embaixador de Portugal junto da UNESCO, organização sediada em Paris.

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