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Rúben Dias orgulhoso por capitanear o City

A cumprir a terceira temporada no Manchester City, o internacional português Rúben Dias já pertence ao lote de capitães de equipa. “Entrei no grupo dos capitães na época passada. Na minha primeira temporada, joguei muito. O que permitiu que os meus colegas me conhecessem melhor. Especialmente quando vêm os momentos difíceis em que é preciso caráter e estar lá dentro com a firmeza da tua personalidade. É o reflexo do que cada um foi interpretando do que sou e o tipo de jogador que tento ser”, disse Rúben Dias, em entrevista à ELEVEN.

O internacional português encara este cenário com orgulho, ao invés de sentir uma pressão adicional. “O peso está presente desde que cheguei. Simplesmente por estar no clube em que estou. Um dos melhores clubes. E num clube destes, lutas para ganhar tudo constantemente. Ser capitão ou não, é um detalhe demasiado pequeno para a responsabilidade que já se tem naturalmente. É óbvio que é uma responsabilidade extra. E é algo que tens de ver com bons olhos e é motivo de orgulho”, referiu.

Determinado em revalidar o título de campeão inglês, o defesa de 25 anos sabe que a caminhada vai ser longa e árdua. Como já se comprovou nestas primeiras jornadas do campeonato. “O ritmo está alto e as equipa estão recheadas com qualidade. Seja quem quer que for que ganhe a liga, é porque foi o melhor. Porque não há outra maneira de o fazer”. O próprio Manchester City já viveu na pele as dificuldades desta edição da prova, quando defrontou o Newcastle. “É uma equipa muito exigente. Pelo resultado [empate 3-3], acaba por ser o jogo mais difícil que tivemos até agora”. Também na receção ao Crystal Palace, os citizens viram-se em desvantagem. “Depois de começar a perder por 2-0, é importante conseguir dar a volta. Numa competição tão importante para nós como a Premier dar esse passo firme de conseguir fazer a reviravolta foi muito importante”, disse, enaltecendo a personalidade da equipa.

O internacional português deu também um exemplo da última temporada para elogiar a resiliência do Man. City, já na reta final da época, quando é eliminado pelo Real Madrid nos últimos segundos da meia-final da Liga dos Campeões, mas consegue recompor-se do desaire para vencer o campeonato. “É revelador do caráter desta equipa. E também com a forma como a nossa equipa vê um jogo de futebol. Foi um momento duro, perder da maneira que perdemos. Optámos por ver o lado positivo do que se tinha sucedido e felizmente acabámos por sagrar-nos campeões da Premier League”.

Parte do sucesso da equipa, Rúben Dias atribui à exigência do técnico Pep Guardiola. “Por mais que a equipa ganhe e jogue bem, há sempre algo a melhorar. E essa exigência faz-nos sentir que não há tempo para relaxar, nem nos sentirmos no País das Maravilhas. Há sempre este sentimento de que o futebol é futebol. E o futebol é como a vida e por vezes é cruel. E temos de estar constantemente a desafiar-nos”.

O internacional português sente que é importante ter Bernardo Silva e João Cancelo na equipa, sobretudo pela questão do idioma. Tal como outros companheiros que falam a mesma língua. “Mesmo o Ederson. Também quando estavam cá o Fernandinho e o Gabriel Jesus. Ajuda muito por podermos falar a nossa língua no dia a dia. Somos pessoas que provavelmente se dariam bem numa vida fora do Futebol”. Com a comunidade portuguesa a crescer na Premier League, Rúben Dias vai ter mais compatriotas pela frente. “Já não vai ser o primeiro ano que defrontamos colegas portugueses. Há uma brincadeira ou outra, por vezes, mas sempre todos conscientes que no final do dia, é importante que cada um esteja focado no seu trabalho. E depois do jogo, aí sim, há mais abertura para podermos estar à vontade”. Rúben Dias confessou ainda que gostaria que o Benfica tivesse sido sorteado no mesmo grupo do Man. City, uma vez que lhe “ia saber muito bem voltar a casa”.

Em contagem decrescente para o Mundial, o defesa refere que só no momento certo vai virar atenções para a competição. “A ambição será a mesma de sempre, mas teremos tempo de mudar o chip e encarar o mundial da maneira que temos de encarar. Mas acho que a melhor forma de preparar o Mundial é encarar o presente e pensar no clube. Porque essa será a melhor maneira de nos apresentarmos quando chegar o Mundial”, disse Rúben Dias, comentando a altura em que se vai realizar a prova. “Será algo novo para todos. Especialmente a parte física, o timing… Mas acho que será um desafio interessante”.

Recentemente, Rúben Dias foi a cara da NIKE numa campanha global de underwear. E conta agora, como foi viver esta experiência pela primeira vez. “Um prazer enorme fazer parte de uma marca com a qual trabalho há muito tempo. Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Foi a primeira vez. Mas com tanto shooting para o clube e até mesmo para a marca, embora que de outra maneira, acabas por estar habituado às câmaras. Ainda que haja o detalhe do underwear, passados 5 minutos, é como se estivesses a fazer outra coisa qualquer”.

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