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Região luso-galega reforça cooperação na fronteira

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) disse esta sexta-feira em Sanxenxo, Galiza, que a eurorregião assumiu o “compromisso” de iniciar uma “reforma e modernização” da sua estratégia para reforçar a cooperação transfronteiriça.

“Quero dar-vos conta do compromisso que assumimos numa reforma e numa modernização da nossa comunidade de trabalho, alinhada com as novas prioridades da estratégia europeia, e na qual a representação dos temas económicos, da inovação e da ciência sairá reforçada. Estamos a trabalhar, eu e o presidente Alberto Nuñez Feijóo [Junta da Galiza], nesse projeto”, afirmou António Cunha.

O presidente da CCDR-N adiantou que, “como estrutura de cúpula estratégica da cooperação, a comunidade de trabalho irá reforçar e atualizar uma dinâmica de pensamento e cooperação, alinhando-a com prioridades como a competitividade e a inovação, as transições digital e energético climática, e as qualificações”.

“Irá trabalhar de modo articulado com as nossas entidades transfronteiriças, agrupamentos territoriais e eurocidades, potenciado uma dinâmica e um metabolismos únicos que temos nesta parte da fronteira entre Portugal e Espanha”, afirmou, no encerramento do Fórum de Turismo, promovido pelas Associações e Confederações Empresariais da eurorregião Galiza – Norte de Portugal.

O responsável sublinhou que a euroregião Norte de Portugal/Galiza quer “estar mais preparada para os grandes debates do presente e do futuro”.

No discurso proferido hoje no Real Clube Náutico de Sanxenxo, António Cunha explicou que aquele é um dos três “fortes compromissos políticos e institucionais para o fomento da cooperação estratégica conjunta, com reflexo no setor do turismo”.

Outro dos compromissos passa “pela adoção de uma nova estratégia euro regional, expressa no Plano de Investimentos Conjunto 2021-27, que reconheça no turismo um setor estratégico.

“Os Caminhos de Santiago e o turismo patrimonial, o enoturismo, o turismo termal, turismo cultural e o turismo de natureza são atributos valiosos para o desenvolvimento da Euro-região e para um incremento económico e de emprego qualificado”, disse.

“Explorar projetos de investigação e transferência de conhecimento no setor turístico, centrados nas indústrias culturais e criativas e na mobilização de recursos naturais e patrimoniais, é um dos objetivos específicos que consta do documento de trabalho deste plano”, especificou.

O responsável defendeu que a necessidade de “explorar sinergias no contexto da eurorregião, qualificar a experiência turística nas zonas de fronteira, inovar nas ofertas, capacitar as empresas e os operadores, aumentando a estadia média, o perfil dos visitantes e a remuneração dos nossos destinos”.

“A pandemia travou a fundo este setor e a recuperação da sua atividade é indispensável, mas exige uma estratégia, exige cooperação. Durante os próximos anos, a procura turística não vai ter o mesmo comportamento. Teremos de ser mais inovadores, mais diferenciados, mais qualificados, substituindo quantidade por qualidade, baixo preço por remunerações mais relevantes, e sabendo fazer pontes de cooperação e promoção conjunta”, alertou.

O responsável apontou ainda o “compromisso conjunto da Região Norte e da Junta de Galiza na implementação, acompanhamento e atualização da estratégia de especialização inteligente transfronteiriça”.

António Cunha disse estar concluída “a revisão da Estratégia de Especialização Inteligente Transfronteiriça Galiza-Norte de Portugal (RIS3T) para o período 2021-27, com a elaboração de um relatório prospetivo e a realização de inquéritos a mais de 200 entidades da eurorregião, incluindo entidades de inovação e empresas”.

“A criação do observatório de I+D+i da eurorregião constitui uma ferramenta essencial para apoiar a monitorização do ecossistema de inovação e também do alinhamento da nossa RIS3T com os principais programas de financiamento”, observou.

“Com base nos dados deste observatório, os programas de cooperação e europeus POCTEP, Espaço Atlântico e HORIZONTE 2020 tiveram um contributo muito importante para a implementação da RIS3T Galiza -Norte de Portugal, com 989 projetos aprovados e cerca de 495 milhões de euros de fundos atribuídos à eurorregião”, referiu.

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