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Rede Global da Diáspora quer ajudar empresas a exportar

A Rede Global da Diáspora portuguesa, uma plataforma digital que pretende ajudar as pequenas e médias empresas (PME) a exportar, iniciou hoje no distrito de Viana do Castelo a divulgação nacional do projeto lançado em setembro.

A apresentação da plataforma digital que pretende ajudar as pequenas e médias empresas (PME) a exportar, com a ajuda das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, foi promovida pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), com recurso a videoconferência.

A CEVAL representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo, que empregam mais de 19.000 trabalhadores.

Segundo dados da CEVAL, estavam inscritas na sessão cerca de 80 empresas da região. O presidente daquela estrutura, Luís Ceia, destacou a importância daquela ferramenta para um distrito com muita emigração na Europa – França, Luxemburgo, Andorra e Suíça – e também nos EUA e no Canadá, no Brasil, na Argentina e em África.

“Esta Rede Global da Diáspora pode ser importante para a revitalização do tecido económico da região que também já apostou, através da CEVAL, na marca “100% Alto Minho” fazendo que os nossos produtos cheguem à nossa diáspora”, disse.

A marca “100% Alto Minho” foi lançada pela CEVAL em 2012, com o apoio da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, e da Comissão de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), para valorização dos recursos e potencialidades endógenas da região junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

A Rede Global da Diáspora hoje apresentada ao tecido empresarial do Alto Minho é uma iniciativa conjunta das secretarias de Estado das Comunidades Portuguesas e da Valorização do Interior.

É promovida pela Fundação AEP que pretende unir os portugueses espalhados pelo mundo e ajudar as PME a aumentar as exportações na diáspora portuguesa.

Durante a apresentação, o diretor executivo da Fundação AEP, Paulo Dinis, destacou disse hoje que o projeto tem, atualmente, 2.820 membros registados, abrange 123 países, 10.500 empresas 10.500 identificadas em 154 países, 1.208 associações e 654 entidades públicas.

Considerada a “maior rede colaborativa de promoção das exportações portuguesas”, criada pela Fundação AEP, em parceria com várias entidades, e apoiada pelo Governo português tem como um dos seus principais objetivos a promover internacionalmente a marca Portugal.

“É uma marca que vamos aproveitar para levar os nossos produtos, de grande qualidade, como por exemplo, na área do agroalimentar, às comunidades portuguesas, através da identificação de rotas lusitanas”, frisou, apontando, entre outros, o caso do bacalhau e do vinho.

Paulo Dinis apontou ainda “a promoção do ‘networking’ com as comunidades portuguesas na diáspora, mapear e conectar a diáspora portuguesa, ajudar as PME a aumentar as suas exportações, identificar redes de distribuição, estimular as relações comerciais entre as empresas, facilitar o investimento dos investidores na diáspora e identificar quadros para oportunidades de emprego”.

Como metas do projeto referiu “500 empresas portuguesas aderentes, 30 associações empresariais envolvidas, a promoção de oito eventos internacionais, que este ano não se realização devido à pandemia de covid-19, dinamizadores locais em 20 países, 150 países mapeados e 100 mil portugueses conectados” na rede.

“Esta plataforma está muito ligada a um esforço coletivo de recuperação económica que também é sentido pela comunidade emigrada que está empenhada em divulgar a oferta de produtos portugueses”, reforçou.

Esta semana, adiantou, o projeto será apresentado em Viseu e na Beira Baixa.

Já o administrador da CH Global Network, destacou tratar-se de “uma ferramenta de uso absolutamente gratuito, que as empresas podem utilizar para ter resultados, num tempo de confinamento particularmente exigente, em que as exportações caíram radialmente”.

“A empresa não tem qualquer custo na adesão à Rede Global da Diáspora”, reforçou, adiantando que o projeto “já identificou 10.500 empresas portuguesas, em 154 países, que estão agora ao alcance de um ‘click’ ou de telefonema”.

“O mercado da saudade é constituído por cinco milhões de consumidores, desde emigrantes a lusodescendentes. Esta é uma porta de entrada para o agroalimentar, construção civil, metalomecânica nos canais de distribuição de cada geografia”, sublinhou.

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