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Reajustes na Microsoft vão deixar portugueses sem trabalho

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A Microsoft Portugal admite “ajustes organizacionais” na empresa, que classifica de “parte regular” do negócio, mas não avança números, referindo que “os cortes impactam mais do que uma equipa”.

O Observador noticiou que a subsidiária portuguesa vai avançar com processos de saída de trabalhadores da tecnológica, apontando 112, na sequência de uma reestruturação interna, no entanto, questionada pela Lusa, a Microsoft não confirma o número nem áreas afetadas.

“Ajustes organizacionais são uma parte regular, necessária no nosso negócio”, afirma a tecnológica numa nota enviada às redações.

“Continuaremos a priorizar e investir em áreas estratégicas de crescimento para o nosso futuro, dando suporte e apoio aos nossos clientes e parceiros”, adianta a subsidiária portuguesa, referindo que “os cortes impactam mais do que uma equipa, com diferentes funções e níveis de senioridade”.

Atualmente, a Microsoft Portugal conta com mais de 1.500 colaboradores em Portugal. No final de dezembro de 2021, de acordo com dados da subsidiária, a tecnológica tinha mais de 1.400 profissionais.

Andrés Ortolá é diretor-geral da Microsoft Portugal há mais de um ano, tendo assumido as atuais funções em 01 de janeiro de 2022, substituindo Paula Panarra no cargo.

Portugal continua a ser a segunda maior subsidiária da Microsoft para a região da Europa Ocidental, segundo a empresa.

Em 18 de janeiro último, o grupo norte-americano anunciou o despedimento de cerca de 10.000 trabalhadores até final de março, justificando a decisão com a conjuntura económica e alterações nas prioridades dos clientes.

Este corte correspondia a pouco menos de 5% do pessoal da tecnológica que, na altura, também anunciou que iria alterar os seus equipamentos informáticos e reduzir os espaços de trabalho.

Estas medidas terão um encargo de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) nas contas do segundo trimestre.

Os lucros da Microsoft subiram 9% no primeiro trimestre, em termos homólogos, para 18,3 mil milhões de dólares (16,7 mil milhões de euros).

As receitas atingiram 52,9 mil milhões de dólares (48,2 mil milhões de euros) até março, 7% acima dos resultados alcançados no homólogo de 2022.

O trimestre representou um impulso da Microsoft para capitalizar os investimentos na área da Inteligência Artificial (IA) e fechar uma parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT que está disponível no motor de busca Bing.

As receitas da área de negócio dos computadores pessoais, que giram em torno do sistema operativo Windows, caíram 9% para 13,3 mil milhões de dólares (12,1 mil milhões de euros), mas foram compensadas por uma subida de 16% no segmento do negócio na ‘cloud’, que registou 22,1 mil milhões de dólares (20,1 mil milhões de euros) no trimestre.

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