Nunca a linguagem, as tácticas do futebol estiveram tão assertivas.
1) Jorge Jesus, mais o clube cuja equipa de futebol treina – o Benfica, poderão ter concertado a sua visibilidade “aquando as centenas de testes a que se submeteu por causa de um problema respiratório”.
O momento era péssimo para o clube e para o treinador, agravado pelo vedetismo porque passa(va), e a importância que os bons resultados tinham para clube, poderão ter servido a ambos. Concentrando-se entre os factos reais para não perder o seu (sempre volátil) prestígio e para o Benfica.
Clube e treinador ganhavam ter Jorge Jesus sem visibilidade.
2) Carlos Moedas, o candidato anunciado pelo PSD (…) à Câmara Municipal de Lisboa, vem dizer que o grande sonho da sua vida era ser presidente CML. Tece umas expressões politicamente correctas, e uns outros encómios habituais.
Com os jogadores é a mesma coisa. Quando um jogador – especialmente de futebol – desencantado dum país onde nem ouvia falar de Portugal, vem dizer que sonhava representar e até acompanhava a vida do clube que ora o contrata. Mas não difere quando são jogadores transacionados dentro do mundo do futebol português.
Que falta de carácter. Que indelicadeza, que autodesprezo, que falta de originalidade!
3) Graça Freiras, a Directora-Geral da Saúde, vem dizer que espera uma quarta e grande vaga de propagação do vírus.
Se vier essa grande vaga, também não fica mal. Fez-se um bom trabalho porque superaram as previsões. Se não vier, tudo muito bem: Estava previsto.
Se a isto acrescentarmos que há um ano, no início disto tudo, sobretudo Graça Freitas desvalorizou tutti quinti – que o vírus não chegava cá, depois que não teria expressividade, que estava tudo muito bem preparado e Re-béu-béu-pardais-ao-ninho, é o que se vê.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).