Rali de Portugal atrai muitos corredores e campeões
O Rali de Portugal é a prova do Campeonato do Mundo (WRC) que conta até ao momento com o maior número de inscritos, 69 equipas de 22 nacionalidades, incluindo sete antigos vencedores.
Segundo informação divulgada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), a edição deste ano da prova, que vai para a estrada entre 09 e 12 de maio, conta com três campeões mundiais, o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), o estónio Ott Tänak (Hyundai i20) e o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), campeão em título.
A 57.ª edição do Rali de Portugal, quinta etapa do Mundial de ralis, abre a fase de terra europeia do campeonato, num percurso semelhante ao de 2023, com um total de 1.690,12 quilómetros de extensão e 337,04 quilómetros cronometrados (face aos 335,26 de 2023). Segundo a organização, a principal novidade é o figurino de 22 especiais de classificação, um número que já não era atingido desde a edição de 2012.
Entre os inscritos estão sete antigos vencedores da prova: Ogier, Rovanperä, o galês Elfyn Evans, Ott Tänak, o belga Thierry Neuville, o norte-irlandês Kris Meeke e o português Armindo Araújo, estes dois últimos, agora, ao volante de carros da categoria Rally2, a segunda mais importante, a seguir aos Rally1 híbridos.
Ao todo, serão nove os carros da principal categoria em Portugal, mais um do que na edição do ano passado.
A Toyot, campeã em título, surge na máxima força em Portugal: além dos dois pilotos a tempo inteiro, Elfyn Evans e Takamoto Katsuta, traz o regressado Sébastien Ogier, recordista de vitórias em Portugal, empatado com Markku Alen (cinco), e o bicampeão do mundo em título, Kalle Rovanperä, que venceu o recente Rali Safari–Quénia e aposta no terceiro triunfo consecutivo no Rali de Portugal.
Já a Hyundai lidera o mundial de pilotos com o belga Thierry Neuville, que abriu o ano com uma vitória em Monte Carlo, mas viu a sua vantagem sobre Evans encurtar para seis pontos após o Safari. Ott Tänak é outro dos candidatos da Hyundai à vitória em Portugal, tal como o espanhol Dani Sordo, segundo classificado em 2021 e 2023.
A categoria Rally2 tem uma lista de 40 inscritos, de longe a maior da época até ao momento. Na prova do WRC2 estão todas as principais figuras do Mundial, como o líder do campeonato, o sueco Oliver Solberg (Skoda), que vai tentar vingar a vitória perdida no ano passado em Portugal, devido ao pião – e posterior penalização – na Super Especial de Lousada.
Gus Greensmith (Skoda) e Yohan Rossel (Citroën) surgem logo atrás do sueco no Mundial, mas há que contar ainda com Teemu Suninen (Hyundai), Nikolay Gryazin (Citroën), Pepe López (Skoda), Sami Pajari (Toyota), Georg Linnamäe (Toyota) ou Jan Solans (Toyota).
A quarta ronda do Campeonato de Portugal (CPR) vai contar com Kris Meeke (Hyundai), Armindo Araújo (Skoda), Ricardo Teodósio (Hyundai), José Pedro Fontes (Citroën), Ernesto Cunha (Skoda) ou Lucas Simões (Ford), aos quais também se juntam os pilotos do CPR 2RM, como Gonçalo Henriques (Renault), Hugo Lopes (Peugeot), Pedro Silva (Peugeot), Kevin Saraiva (Peugeot) ou Diogo Marujo (Peugeot).
A ação começa, como é habitual, na quinta-feira de manhã (09 de maio), em Baltar, com o Shakedown de 4,61 km, seguindo-se a cerimónia de partida oficial, novamente em Coimbra, a partir das 17:00. Os concorrentes rumam depois à Figueira da Foz, para a Super Especial de abertura, este ano com 2,94 km e com início às 19:05.
A sexta-feira abre com as tradicionais especiais de terra da região centro, com a classificativa de Mortágua (18,15 km) a ser percorrida duas vezes, a abrir e a fechar o dia, e duplas passagens por Lousã (14,30 km), Góis (14,30 km) e Arganil (18,72 km).
No sábado estão reservadas duas passagens por Felgueiras (8,81 km), Montim (8,69 km), a mais longa do rali, Amarante (37,24 km) e Paredes (16,09 km). O dia encerra na Super Especial de Lousada (3,36 km).
A etapa de domingo conta duplas passagens pelos 19,91 km de Cabeceiras de Basto, dos quais 12,6 km são completamente novos, e pelos icónicos 11,18 km de Fafe, também palco habitual da Power Stage.
O ACP destaca ainda que o maior evento desportivo realizado, anualmente, em solo nacional movimentou em 2023 quase um milhão de espetadores ao vivo, com um impacto recorde de 164,7 milhões de euros na economia nacional, e tem ainda uma forte componente de responsabilidade ambiental, reconhecida pela FIA com a atribuição consecutiva, desde 2017, da certificação ambiental máxima da federação internacional.