Para além da lógica e raias da sanidade
Está o ranço e o rancor de épocas idas
E sede de vingança desde a mocidade
Que muitos carregaram ao longo de vidas.
O paradoxo é quando a ciência investe e avança
E aparecem novas doenças e auto se destrói
E ao mesmo tempo procura mais longevidade
Aperfeiçoando as armas que matam tanta criança!
Paradoxo é dividir o mundo em primeiro e terceiro
E pensar que dói mais a morte de meu filho
Do que dói a morte do filho do vizinho ou do alheio
Quem trará justiça ao pobre e aos indefesos?
Quem libertará a humanidade desta teia de aranha
Quem acalmará o mar agitado da humanidade
Que espuma e oscila como ondas de um mar de gente
Um mundo que ultrapassou as raias da sanidade!
José Valgode